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Os Idosos e as Instituições de Acolhimento da - Provedor de Justiça

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Enquadramento Legal e Regulamentar<br />

<strong>Os</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> acolhimento <strong>de</strong> idosos que funcionavam na Região Autónoma<br />

<strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira ao tempo d<strong>as</strong> visit<strong>as</strong> apresentavam uma configuração triparti<strong>da</strong>, aten<strong>de</strong>ndo à<br />

natureza jurídica d<strong>as</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s que estão na sua génese, a saber:<br />

- estabelecimentos oficiais, on<strong>de</strong> a respectiva criação resultou <strong>da</strong><br />

iniciativa pública sendo a gestão <strong>as</strong>segura<strong>da</strong> pelo CSSM;<br />

- estabelecimentos <strong>de</strong> organizações particulares sem fins lucrativos,<br />

<strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> colectiv<strong>as</strong> <strong>de</strong> direito privado e utili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pública administrativa e <strong>as</strong> IPSS, <strong>as</strong> quais seguem os respectivos<br />

estatutos (Decreto-Lei n.º 119/83 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Fevereiro, a<strong>da</strong>ptado à<br />

Região Autónoma <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira pelo Decreto Regulamentar Regional n.º<br />

3/84/M, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Março);<br />

- estabelecimentos <strong>de</strong> iniciativa priva<strong>da</strong>, com fins lucrativos.<br />

<strong>Os</strong> Lares oficiais <strong>as</strong>sumem uma tipologia jurídica <strong>de</strong> natureza pública, uma vez que<br />

foram criados por iniciativa do Governo Regional <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira com o objectivo <strong>de</strong><br />

exercer <strong>as</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio social do âmbito <strong>da</strong> Segurança Social, relativ<strong>as</strong> a<br />

pesso<strong>as</strong> idos<strong>as</strong>, e sendo a respectiva gestão e funcionamento directamente <strong>as</strong>segurados<br />

pelo CSSM, nos termos do estipulado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 26/2004/M,<br />

<strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Agosto, o que pressupõe a inexistência <strong>de</strong> alvará <strong>de</strong> licenciamento ou<br />

protocolo <strong>de</strong> funcionamento através <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> cooperação.<br />

O único Lar <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> uma pessoa colectiva <strong>de</strong> direito privado e <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pública administrativa é um estabelecimento <strong>da</strong> <strong>de</strong>legação <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira <strong>da</strong> Cruz<br />

Vermelha Portuguesa, cujo regime jurídico e estatutos foram aprovados pelo Decreto-<br />

-Lei n.º 281/2007, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Agosto, sendo o respectivo funcionamento regulado,<br />

parcialmente, por acordo <strong>de</strong> cooperação celebrado com o CSSM.<br />

As IPSS constituem enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s jurídic<strong>as</strong> sem finali<strong>da</strong><strong>de</strong> lucrativa, por iniciativa priva<strong>da</strong>,<br />

com o propósito <strong>de</strong> <strong>da</strong>r expressão organiza<strong>da</strong> ao <strong>de</strong>ver moral <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

justiça entre os indivíduos e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não sejam administrad<strong>as</strong> pelo Estado ou por um<br />

corpo autárquico, referido no artigo n.º 1 do Decreto-Lei n.º 119/83 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Fevereiro.<br />

Agruparam-se nesta conceptologia, para efeitos <strong>da</strong> presente inspecção:<br />

1. Irman<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Misericórdia ou Sant<strong>as</strong> C<strong>as</strong><strong>as</strong> <strong>da</strong> Misericórdia, <strong>as</strong> quais,<br />

n<strong>as</strong>cendo <strong>da</strong> esfera eclesial (or<strong>de</strong>m jurídica canónica), constituem “<strong>as</strong>sociações<br />

<strong>de</strong> fiéis”, com o objectivo <strong>de</strong> satisfazer carênci<strong>as</strong> sociais e <strong>de</strong> praticar actos <strong>de</strong><br />

culto católico, <strong>de</strong> harmonia com o seu espírito tradicional, informado pelos<br />

princípios <strong>de</strong> doutrina e moral cristãs. A respectiva índole particular (eclesiástica<br />

ou civil) justifica a aplicação do Estatuto d<strong>as</strong> IPSS.<br />

2. As Associações <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> Social, que consubstanciam pesso<strong>as</strong><br />

colectiv<strong>as</strong> <strong>de</strong> direito privado, sem fins lucrativos e sem administração do Estado,<br />

visando o <strong>de</strong>ver moral <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e justiça social, e sendo-lhes<br />

reconhecido, com o registo no organismo <strong>de</strong>signado no Ministério <strong>da</strong> tutela, o<br />

estatuto <strong>de</strong> Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> Pública. Figuram neste âmbito, primacialmente, <strong>as</strong><br />

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