15.04.2013 Views

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

Paula é lacónica ao referir-se ao panorama Português no que concerne ao nível<br />

social e <strong>do</strong> emprego. Todavia, compara os custos, gastos, <strong>de</strong>spesas e poupanças que as<br />

mulheres faziam quan<strong>do</strong> se prostituíam equiparada ao que têm quan<strong>do</strong> já inseridas n’O<br />

Ninho, e esse é um aspeto positivo que <strong>de</strong>vemos realçar:<br />

«O objetivo fundamental aqui das oficinas, é ajudar as mulheres na<br />

aquisição <strong>de</strong> hábitos, horários <strong>de</strong> trabalho, mas um <strong>do</strong>s fundamentais é<br />

o reforço da autoestima, elas perceberem que são miúdas que têm<br />

capacida<strong>de</strong> para encontrar um trabalho, para ter uma vida. Claro que<br />

nós sabemos que a nível social que as coisas estão complicadas, que<br />

há trabalhos que elas vão arranjar que elas vão andar a contar os<br />

tostões, que vão receber o or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> mínimo, mas nós cá estamos para<br />

ajudar. Porque eu lembro-me <strong>de</strong> uma mulher que me dizia que o<br />

or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> mínimo lhe rendia mais <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> estava no […] a<br />

ganhar 100/200€ por dia. Portanto, em que <strong>de</strong>pois tu<strong>do</strong> é gasto ao dia,<br />

quan<strong>do</strong> no fun<strong>do</strong> ela aqui tinha apoio para pôr o miú<strong>do</strong> numa ama […]<br />

passa a viver numa casa em vez <strong>de</strong> estar a viver numa pensão,<br />

portanto havia toda uma série <strong>de</strong> coisas que reduziam<br />

substancialmente as <strong>de</strong>spesas, que no meio prostitucional são<br />

elevadíssimas, e por isso chegava-lhes mais aquele por mês apesar <strong>de</strong><br />

ser muito pouco, o ir comer à cantina.»<br />

Joana reconhece que O Ninho <strong>de</strong>senvolve um trabalho distintamente importante<br />

e gratificante, na medida em que trabalha com uma problemática on<strong>de</strong> não existem<br />

muitas instituições <strong>de</strong> apoio a mulheres prostituídas. Neste senti<strong>do</strong>, admite existir uma<br />

centralida<strong>de</strong> em relação ao Ninho, e um nível <strong>de</strong> exigência e <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, talvez<br />

maior. No que concerne à integração social <strong>de</strong>stas mulheres aquan<strong>do</strong> da sua passagem<br />

pelo Ninho, a técnica alu<strong>de</strong>:<br />

«O trabalho que nós fazemos diariamente tem como perspetiva a<br />

integração da mulher, até ten<strong>do</strong> em conta os casos <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong><br />

mulheres que se conseguiram reorganizar e que neste momento estão<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 94

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!