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Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

Quan<strong>do</strong> falamos <strong>de</strong> exclusão social, e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Oliveira (cit. in Silva &<br />

Ribeiro, 2010) as pessoas que se prostituem foram e ainda continuam a ser algo <strong>de</strong><br />

reações sociais negativas, como a rejeição e a exclusão, “as prostitutas têm si<strong>do</strong> vistas<br />

como amorais ou imorais, como <strong>de</strong>sviantes e transgressoras, sen<strong>do</strong> alvo <strong>de</strong><br />

estigmatização” (p. 107).<br />

Para Rodrigues et al. (s/d) o conceito <strong>de</strong> exclusão social e pobreza tem um<br />

carácter “cumulativo, dinâmico e persistente” (p. 65), ou seja, possui processos <strong>de</strong><br />

reprodução e evolução que permite a sua persistência. É vista como um défice na coesão<br />

social, tornan<strong>do</strong>-se um fenómeno global e não individual. Na ótica <strong>do</strong>s mesmos autores,<br />

a exclusão social associa-se à falta <strong>de</strong> recursos, materiais e sociais, que uma<br />

comunida<strong>de</strong> ou indivíduo possui e que os atira para a periferia da socieda<strong>de</strong>. Esta<br />

exclusão gera, consequentemente, pobreza pois dificulta as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emprego e<br />

<strong>de</strong> acesso a bens e serviços sociais essenciais.<br />

Por exclusão social enten<strong>de</strong>-se a pobreza sob qualquer uma das suas formas: a<br />

carência <strong>de</strong> bens materiais, o analfabetismo, a falta <strong>de</strong> orientação pessoal e social,<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso à assistência médica, a precarieda<strong>de</strong> no emprego, velhice,<br />

<strong>do</strong>ença, isolamento.<br />

Paralelamente à falta <strong>de</strong> recursos económicos existentes, a falta <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />

familiares, <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> pares, grupos <strong>de</strong> pertença, grupos <strong>de</strong> trabalho estão direta ou<br />

indiretamente associa<strong>do</strong>s a situações <strong>de</strong> exclusão.<br />

Trata-se assim <strong>de</strong> um conjunto diversifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> carências <strong>de</strong> cariz pessoal com<br />

origem na socieda<strong>de</strong> em que o indivíduo está inseri<strong>do</strong>, ou melhor excluí<strong>do</strong>.<br />

Tal como preconiza Peraboa (2007, cit. in Costa, 1998) a exclusão social é a<br />

“fase extrema <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> «marginalização», entendi<strong>do</strong> este como um percurso<br />

«<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte», ao longo <strong>do</strong> qual se verificam sucessivas ruturas na relação <strong>do</strong> individuo<br />

com a socieda<strong>de</strong>” (p.13). No contexto alia<strong>do</strong> ao fenómeno da prostituição, estas ruturas<br />

po<strong>de</strong>m efetivar-se com o fenómeno <strong>do</strong> <strong>de</strong>semprego, e verificam-se essencialmente nos<br />

laços familiares e afetivos.<br />

No enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Barata (2002, cit. in Peraboa, 2007) exclusão social é “um<br />

conjunto <strong>de</strong> fatores que conduzem a um exagera<strong>do</strong> relaxamento <strong>do</strong>s laços sociais, a um<br />

esta<strong>do</strong> social <strong>de</strong> insuficiente integração, <strong>de</strong> anomia” (p. 14). Paralelamente o conceito <strong>de</strong><br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 10

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