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Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

Um profissional encarrega<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta tarefa a aten<strong>de</strong> e procura ajudá-la mediante;<br />

Um processo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>.<br />

A intervenção técnica <strong>de</strong>ve compreen<strong>de</strong>r uma série <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong><br />

problemas integra<strong>do</strong>s numa relação significativa que <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong> estabelecer.<br />

O objetivo <strong>do</strong> processo está nos seus meios: apoiar a mulher fomentan<strong>do</strong> a sua<br />

capacida<strong>de</strong> para enfrentar os seus problemas e agin<strong>do</strong> sobre o problema para ajudar a<br />

resolvê-lo ou a minimizar os seus efeitos.<br />

De acor<strong>do</strong> com O Ninho, o técnico <strong>de</strong>ve saber captar a natureza da pessoa, a<br />

natureza <strong>do</strong> problema, a filosofia da Instituição na sua constante interação para po<strong>de</strong>r<br />

consi<strong>de</strong>rar e analisar o processo numa estrutura dinâmica e principalmente da sua<br />

utilida<strong>de</strong> para a pessoa que precisa <strong>de</strong> ajuda.<br />

Existem <strong>de</strong>terminadas competências que um técnico <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong>ve<br />

possuir: disponibilida<strong>de</strong>; ausência <strong>de</strong> preconceitos; atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> não julgamento e <strong>de</strong> não<br />

culpabilização; permitir o relacionamento empático; capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong><br />

(assertivida<strong>de</strong> / firmeza); empenho; intenção autêntica <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o Outro na sua<br />

própria linguagem, <strong>de</strong> pensar e agir pelos seus próprios termos.<br />

Mulheres Prostitutas<br />

Tal como nos refere Silva & Ribeiro (2010) “a prostituição feminina não é um<br />

problema apenas relativo à condição das mulheres-prostitutas e à sua sobrevivência e<br />

dignida<strong>de</strong> social, mas pren<strong>de</strong>-se também com preconceitos e estereótipos,<br />

representações e normas <strong>do</strong>minantes, interiorizadas pelas próprias prostitutas” (p.15).<br />

Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os mesmos autores, as mulheres prostitutas com a<br />

heterogeneida<strong>de</strong> que as caracteriza não constituem uma categoria <strong>de</strong> mulheres distinta.<br />

Trabalhar neste sector é na maioria das vezes uma opção racional, e estas<br />

mulheres não <strong>de</strong>vem ser encaradas como objetos mas como agentes sociais, que por<br />

diversos motivos têm <strong>de</strong> ganhar dinheiro (Silva & Ribeiro, 2010, p. 92).<br />

Numa outra perspetiva, Silva & Sacramento (2005) alu<strong>de</strong>m ao facto <strong>de</strong> a saú<strong>de</strong> e<br />

bem-estar mental <strong>de</strong>stas mulheres serem afeta<strong>do</strong>s pelo <strong>de</strong>senraizamento cultural, ou<br />

seja, a ausência <strong>de</strong> apoio afetivo por parte <strong>de</strong> familiares e amigos, a separação <strong>do</strong>s<br />

filhos, as próprias condições <strong>do</strong> ambiente a que estão expostas, a rejeição social que<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 7

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