15.04.2013 Views

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

Tal como nos corrobora Fontinha (2008) não existem números, nem sequer<br />

aproxima<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> se tenta quantificar o número <strong>de</strong> mulheres que no nosso país se<br />

prostituem, porque <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> geral, “existem casas fechadas on<strong>de</strong> as mulheres são<br />

colocadas” (p. 3).<br />

Importante é referir também que ao invés <strong>do</strong> que acontecia em anos anteriores,<br />

on<strong>de</strong> o fenómeno da prostituição tendia a registar-se fundamentalmente nas gran<strong>de</strong>s<br />

cida<strong>de</strong>s, actualmente, este paradigma está a expandir-se por diversos locais e um pouco<br />

por to<strong>do</strong> o país, essencialmente nas zonas turísticas. Porém estas práticas sexuais<br />

também se verificam em lugares isola<strong>do</strong>s, com o intuito <strong>de</strong> ser garanti<strong>do</strong> o anonimato<br />

<strong>do</strong> cliente. Fontinha (2008) refere que “isto tem muito a ver com a classe social <strong>do</strong><br />

cliente, temos conhecimento <strong>de</strong> que em diversos locais há sítios <strong>de</strong> estacionamento<br />

reserva<strong>do</strong>” (p. 4) para <strong>de</strong>sviar as atenções daqueles que passam junto <strong>de</strong>sses locais não<br />

se apercebam <strong>de</strong> quem os frequenta.<br />

Existem, porém, outros locais <strong>de</strong> prostituição, como os bares <strong>de</strong> luxo, hotéis,<br />

casas <strong>de</strong> passe, casas <strong>de</strong> massagens e as agências. Todavia, nestes locais assiste-se a<br />

uma particularida<strong>de</strong> que se pren<strong>de</strong> com o po<strong>de</strong>r económico <strong>do</strong>s clientes. Nestes casos,<br />

<strong>de</strong>paramo-nos com clientes que têm alto po<strong>de</strong>r económico e as mulheres têm uma<br />

aparência que as faz “comparar” à origem social <strong>do</strong> próprio cliente. Existe um senti<strong>do</strong><br />

generaliza<strong>do</strong> que distingue as mulheres que se prostituem nestes locais, sen<strong>do</strong><br />

consi<strong>de</strong>radas como pertencentes a uma classe social diferente das mulheres que se<br />

prostituem na rua.<br />

Muitas das mulheres que se prostituem nas ruas e praças, não po<strong>de</strong>m ser<br />

diretamente i<strong>de</strong>ntificadas como prostitutas, uma vez que usam to<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> roupas e têm<br />

comportamentos totalmente normaliza<strong>do</strong>s. No enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> alguns autores “essas<br />

mulheres sentem-se menos segregadas, por estarem mais próximas das pessoas comuns”<br />

(Freitas, 1985, cit. in Barreto, 2008, p. 58). É consensual que as prostitutas que<br />

trabalham nas ruas são as mais estigmatizadas e discriminadas, uma vez que o facto <strong>de</strong><br />

ocuparem <strong>de</strong> forma visível o espaço público impe<strong>de</strong> que sejam ignoradas, incomodan<strong>do</strong><br />

e poluin<strong>do</strong> a “socieda<strong>de</strong>”, trazen<strong>do</strong> violência e perversão.<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 21

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!