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Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

“[…] Falam muito mal o Português, é um entrave para elas […] elas<br />

ficam no seu grupo […] mesmo em termos habitacionais, por<br />

exemplo, elas encontram-se nos mesmos espaços habitacionais […]”<br />

(Helena, Ninho, 2012).<br />

Relativamente à intervenção e contactos realiza<strong>do</strong>s em meio prostitucional,<br />

numa primeira abordagem e por questões <strong>de</strong> organização interna, existe somente uma<br />

técnica d’O Ninho responsável por este trabalho. Porém, to<strong>do</strong> o serviço presta<strong>do</strong> pelo<br />

Ninho é realiza<strong>do</strong> em parceria com to<strong>do</strong>s os outros existentes, o <strong>de</strong> rua talvez mais<br />

interliga<strong>do</strong> ao Centro <strong>de</strong> Atendimento.<br />

Numa primeira abordagem em que o técnico estabelece contacto com uma<br />

mulher, normalmente entrega-lhe um cartão-<strong>de</strong>-visita com a morada <strong>do</strong> centro <strong>de</strong><br />

atendimento e com os contactos <strong>de</strong> alguns técnicos.<br />

“[…] Dou-lhes um cartão-<strong>de</strong>-visita […] e aí digo sempre à mulher –<br />

se um dia precisar <strong>de</strong> alguma coisa – ah este cartão <strong>de</strong>pois só é<br />

utiliza<strong>do</strong> 3 ou 4 anos <strong>de</strong>pois” (Helena, Ninho, 2012).<br />

O trabalho em meio prostitucional é um pouco diferente da maioria <strong>do</strong>s serviços.<br />

No que respeita ao horário laboral da técnica responsável pelo trabalho <strong>de</strong> rua é bastante<br />

flexível, um horário que nem sempre é possível cumprir, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> das situações e<br />

priorida<strong>de</strong>s que vão aparecen<strong>do</strong>, pois o trabalho <strong>de</strong> rua não é estanque, não há rotinas,<br />

nem horários.<br />

4.2.6. O SERVIÇO DE SEGUIDA<br />

O Serviço <strong>de</strong> Seguida preten<strong>de</strong> essencialmente fomentar a prospeção e<br />

acompanhamento das Estagiárias, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que após a saída permanece uma<br />

ligação afetiva com a Instituição que as acolheu. É dar senti<strong>do</strong> a to<strong>do</strong> o trabalho que<br />

cada estagiária <strong>de</strong>senvolveu enquanto permaneceu n’O Ninho. A própria pedagogia da<br />

Instituição <strong>de</strong>tém características muito importantes, as quais valorizam cada pessoa<br />

individualmente. Neste senti<strong>do</strong>, as mulheres que recorrem ao Ninho numa fase inicial<br />

encontram-se bastante <strong>de</strong>sorganizadas e precisam <strong>de</strong> tempo para se estruturarem,<br />

fazerem diversas aprendizagens, para, por fim, conseguirem criar uma certa resistência<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 47

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