Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />
Joana consi<strong>de</strong>ra igualmente que é fundamental haver distanciamento, sem<br />
sermos <strong>de</strong>masia<strong>do</strong> intrusivos e ao mesmo tempo distantes na forma como abordamos o<br />
problema social prostituição e os seus agentes:<br />
«Há um distanciamento que é feito que eu acho que isso a experiência<br />
ajuda, mas há um distanciamento que tem que ser feito entre quem nós<br />
somos enquanto pessoa e quem nós somos enquanto técnico, há um<br />
distanciamento que tem <strong>de</strong> ser feito mas não po<strong>de</strong> ser frio, as pessoas<br />
não se po<strong>de</strong>m tornar frias e insensíveis perante o sofrimento <strong>do</strong> outro,<br />
mas não po<strong>de</strong>m agarrar-se a ele e chorar.»<br />
De acor<strong>do</strong> com o IDT - <strong>Instituto</strong> da Droga e Toxico<strong>de</strong>pendência (2009)<br />
“enten<strong>de</strong>-se que o sucesso das intervenções é viável face à prestação <strong>de</strong> um serviço<br />
basea<strong>do</strong> em princípios humanistas, com uma componente técnica reconhecida, ao nível<br />
teórico e operacional, que confira confiança e promova a a<strong>de</strong>são <strong>do</strong>s utentes” (p. 6).<br />
Joana, técnica <strong>de</strong> acompanhamento, enfatiza a importância da parte humana,<br />
aquela que é característica <strong>de</strong> qualquer Ser Humano in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua condição<br />
social e profissional, pois, o que <strong>de</strong>ve ser evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> é a personalida<strong>de</strong> e postura <strong>do</strong><br />
técnico enquanto pessoa, que como qualquer outra, tem pontos fortes e fracos. Como<br />
Ser Humano, o técnico <strong>de</strong>ve estar consciente <strong>do</strong>s seus erros, das suas limitações, das<br />
dificulda<strong>de</strong>s e para isso <strong>de</strong>ve ter a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir essas mesmas restrições.<br />
«Não acho que a postura <strong>do</strong> técnico tenha que ser isenta <strong>de</strong><br />
sentimentos e que as pessoas não possam dizer – olha errei - eu acho<br />
que é importante para as pessoas perceberem que a nossa função é<br />
diferente, nós não somos amigos e acho que isso é importante, não<br />
somos amigos, mas somos Seres Humanos, portanto, é importante ter<br />
a componente afetiva também aqui nesta relação, a empatia afetiva.»<br />
A pessoa enquanto técnico <strong>de</strong>ve ser o mais profissional possível, distancian<strong>do</strong>-se<br />
e não se envolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>masia<strong>do</strong>, mas antes pautan<strong>do</strong> a sua atuação por uma<br />
humanização tão lata quanto possível, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao facto <strong>de</strong> estarmos a trabalhar para e<br />
com pessoas. É <strong>de</strong>ssa perspetiva que nos corrobora Magda:<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 65