15.04.2013 Views

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

perfeitamente inseridas, a trabalhar, com as suas famílias e com uma<br />

alternativa <strong>de</strong> vida completamente diferentes.»<br />

Numa outra perspetiva, Maria <strong>de</strong>screve-nos quais os objetivos d’O Ninho no que<br />

se refere à reinserção social das mulheres, referin<strong>do</strong> que o processo <strong>de</strong> mudança po<strong>de</strong><br />

ser, para algumas mulheres mais moroso e difícil <strong>do</strong> que para outras:<br />

«Acho que fazemos um pouco a política <strong>do</strong>s três R da Educação<br />

Social, que é, reinserir, reestruturar e reintegrar as mulheres na<br />

socieda<strong>de</strong>. […] eu acho que só o facto <strong>de</strong> uma mulher nos vir pedir<br />

ajuda já é um caso <strong>de</strong> sucesso, ela vir por si, o querer mudar, tem <strong>de</strong><br />

partir sempre por elas. […] In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> umas <strong>de</strong>morarem 2<br />

ou 3 meses a organizarem-se, como 2 anos. Depois cada caso é um<br />

caso, e cada mulher tem os seus problemas muito diferentes e nós<br />

temos <strong>de</strong> saber olhar a isso, que uma mulher tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

organizar em 2 ou 3 meses e outra po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar 3 anos, mas nós<br />

estamos cá para ambas.»<br />

Para Lopes (2010) <strong>de</strong>vem-se criar projetos que promovam o empo<strong>de</strong>ramento das<br />

mulheres, com o objetivo <strong>de</strong> se libertarem <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os condicionalismos sociais e<br />

culturais, <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> que foram submetidas no seu percurso <strong>de</strong> vida. Compete aos<br />

técnicos <strong>de</strong> acompanhamento trabalhar com as mulheres a valorização pessoal,<br />

autonomia, autoestima, autoimagem, as suas competências, para que estas sejam<br />

capazes <strong>de</strong> mudar a sua trajetória <strong>de</strong> vida, a imagem que têm <strong>de</strong> elas próprias, tornan<strong>do</strong>-<br />

se agentes ativos da sua própria mudança. Neste senti<strong>do</strong>, os técnicos <strong>de</strong>vem respeitar o<br />

tempo que cada mulher necessita para se inserir na socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> tal forma que elas<br />

entendam claramente esse respeito e a segurança e apoio <strong>de</strong> retaguarda que O Ninho<br />

continua a prestar após a mulher sair da instituição. Po<strong>de</strong>mos confirmar esta i<strong>de</strong>ia nas<br />

palavras <strong>de</strong> Cristina:<br />

«[…] Penso que é uma referência por ser a tal porta aberta, por não<br />

pôr limites <strong>de</strong> tempo, pois consi<strong>de</strong>ramos que cada Ser, cada individuo<br />

é um Ser único e têm o seu próprio tempo […] tem que haver<br />

contrapartidas, tem que haver uma envolvência, não é? Não é dar sem<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 95

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!