Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />
Paralelamente o empenho <strong>do</strong>s técnicos é muito focaliza<strong>do</strong> no Outro, o olhar<br />
Outro como pessoa, respeitan<strong>do</strong> o seu processo <strong>de</strong> mudança e o tempo necessário para<br />
mudar <strong>de</strong> vida, se essa for a sua vonta<strong>de</strong>. To<strong>do</strong> o acompanhamento e encaminhamento<br />
feito para as mulheres são pensa<strong>do</strong>s com elas e valorizan<strong>do</strong> as suas intenções.<br />
Po<strong>de</strong>mos confirmar isto nas palavras <strong>de</strong> Joana, quan<strong>do</strong> se refere ao trabalho<br />
conjunto que é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> entre a Instituição, o Técnico e a Mulher:<br />
«Nós construímos um projeto comum com elas, não é um projeto para<br />
elas é um projeto com elas, não faz senti<strong>do</strong> trabalharmos para as<br />
pessoas, nós colocamos alternativas, mas se estamos a pensar em fazer<br />
um trabalho para as pessoas vamos apanhar gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>silusões. É um<br />
trabalho muito árduo, vai ser muito complica<strong>do</strong> e não é construtivo, a<br />
pessoa tem <strong>de</strong> ser o motor da mudança, a instituição por trás, os<br />
técnicos por trás auxiliam […] mas vamos dan<strong>do</strong> alternativas, e a<br />
pessoa a partir daí tem <strong>de</strong> ser o motor da sua construção.»<br />
Centrar a mulher como agente ativo na intervenção não é mais <strong>do</strong> que assentar<br />
toda a abordagem social nas necessida<strong>de</strong>s específicas que a própria manifesta. Desta<br />
mesma i<strong>de</strong>ia partilha Cristina que nos refere:<br />
«Elas não são obrigadas, só se quiserem, portanto a participação <strong>de</strong>las<br />
é plena, se elas não quiserem, elas são a atriz principal <strong>de</strong>ste projeto<br />
digamos assim. Não é pôr as coisas no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> – a resposta é esta,<br />
vais para ali – e nós temos isto, queres?»<br />
Igualmente Marta ilu<strong>de</strong>-nos acerca <strong>do</strong> olhar <strong>do</strong> técnico perante a mulher que está<br />
apoiar e qual o seu ponto <strong>de</strong> vista:<br />
«Temos <strong>de</strong> partir sempre da mulher, das suas preocupações, das suas<br />
necessida<strong>de</strong>s porque se assim não for nada disso faz senti<strong>do</strong>, porque<br />
será sempre um problema, é uma obrigação, e passa a ser um<br />
problema meu e não o da mulher. Nós também temos <strong>de</strong> distanciar<br />
nesse senti<strong>do</strong> e priorizar e centrarmo-nos na mulher.»<br />
Segun<strong>do</strong> o IDT (2009) “o <strong>de</strong>senho conjunto <strong>do</strong> percurso <strong>de</strong> inserção, com<br />
<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> objetivos, estratégias a a<strong>do</strong>tar, responsabilida<strong>de</strong>s e etapas, ações<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 70