Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />
que atuam diretamente no terreno. Este estu<strong>do</strong> aju<strong>do</strong>u-me a perceber que é necessário<br />
dialogar e dar espaço <strong>de</strong> expressão aos protagonistas <strong>de</strong>ste campo social, pois tal como<br />
nos refere Silva & Ribeiro (2010) “as trabalha<strong>do</strong>ras sexuais são ora esquecidas, ora<br />
menosprezadas, quase sempre sujeitas a <strong>de</strong>sclassificações <strong>do</strong>s mais varia<strong>do</strong>s tipos”<br />
(p.286).<br />
A pertinência da investigação pren<strong>de</strong>-se com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar o papel<br />
que a instituição O Ninho <strong>de</strong>sempenha na prevenção, combate e posterior inserção<br />
social das mulheres vítimas <strong>de</strong>ste fenómeno social.<br />
O objectivo principal aquan<strong>do</strong> da escolha <strong>do</strong> tema teve como finalida<strong>de</strong> permitir<br />
o levantamento <strong>de</strong> algumas questões e reflexões relativas ao tipo <strong>de</strong> trabalho que é<br />
efetua<strong>do</strong> na Instituição O Ninho ao nível da promoção social em projetos que apoiam<br />
prostitutas <strong>de</strong> rua. Reconhecen<strong>do</strong> que O Ninho ao longo <strong>do</strong>s anos tem ti<strong>do</strong> uma<br />
intervenção séria e coerente na <strong>de</strong>núncia da prostituição, das suas causas e<br />
consequências, parte <strong>do</strong> conhecimento adquiri<strong>do</strong> ao longo <strong>de</strong> 40 anos <strong>de</strong> trabalho direto<br />
com pessoas prostituídas e da troca <strong>de</strong> experiências com organizações congéneres da<br />
Europa e <strong>do</strong> Brasil.<br />
Apesar <strong>de</strong> existirem inúmeros estu<strong>do</strong>s cuja incidência é o tema da <strong>Prostituição</strong>,<br />
que abordam maioritariamente questões em torno das próprias mulheres e suas<br />
vivências, ou sobre questões frequentemente a elas implícitas, como a questão da<br />
legalização, a imigração ilegal e tráfico <strong>de</strong> Seres Humanos, controlo feminino, Doenças<br />
Sexualmente Transmissíveis, violência, atuação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e as próprias políticas, entre<br />
outros, são escassos os que focalizam a sua investigação sobre a atuação das instituições<br />
que apoiam e acompanham estas mulheres.<br />
Reconhecen<strong>do</strong> que enquanto investiga<strong>do</strong>res na área social, compete-nos<br />
enfrentar temas socialmente sensíveis e por vezes controversos, concretamente, face ao<br />
fenómeno da prostituição, consi<strong>de</strong>ro que a prestação <strong>de</strong> ajuda efetiva às mulheres<br />
prostitutas é necessária. Isto implica um combate aos nossos próprios preconceitos e<br />
estereótipos, pois <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Silva & Ribeiro (2010) é necessário o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong><br />
novas soluções <strong>de</strong> política sexual para que seja possível contribuir para a inclusão plena<br />
<strong>de</strong> atores sociais profundamente estigmatiza<strong>do</strong>s e marginaliza<strong>do</strong>s (p.286).<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 3