Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />
2004, p.71). Marta, em entrevista, refletiu acerca da importância <strong>do</strong> trabalho em re<strong>de</strong>,<br />
exemplifican<strong>do</strong>:<br />
«O que marca é nós trabalharmos em re<strong>de</strong> não é, e isto tem a ver com<br />
o trabalho em re<strong>de</strong>. Quan<strong>do</strong> uma mulher vem, <strong>de</strong>pois também há o<br />
encaminhamento para a assistente social, começasse a trabalhar em<br />
re<strong>de</strong>, a assistente social sabe que a mulher está n’O Ninho, há isto para<br />
tratar, é preciso apoio, é preciso resposta para esta situação, para esta<br />
dificulda<strong>de</strong>, e aí o trabalho em re<strong>de</strong> é essencial. E há questões que nós<br />
não temos como resolver, como solucionar aqui n’O Ninho, mas o<br />
trabalho em re<strong>de</strong> é que permite, com a nossa orientação.»<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se que a Equipa Técnica responsável pelo acompanhamento <strong>do</strong><br />
projeto <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada mulher ao nível da intervenção social, é a gestora <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o<br />
processo <strong>de</strong> inserção, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, numa lógica <strong>de</strong> acompanhamento e <strong>de</strong> mediação social<br />
articular com os sistemas sociais da comunida<strong>de</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> garantir respostas<br />
integradas às necessida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas, em permanente articulação com a equipa<br />
multidisciplinar (IDT, 2009).<br />
A interdisciplinarida<strong>de</strong> entre diversos parceiros sociais é, no enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Paula,<br />
uma mais-valia para qualquer Equipa <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>sta forma sugere:<br />
«A interdisciplinarida<strong>de</strong> é muito importante no nosso trabalho,<br />
realmente po<strong>de</strong>r-mos contar com os outros […].»<br />
Da mesma perspetiva partilha Cristina, que <strong>de</strong>smistifica <strong>de</strong> uma forma<br />
construtiva, quais os entraves e dificulda<strong>de</strong>s com que os técnicos se <strong>de</strong>param<br />
diariamente ao tentar colmatar e dar resposta às situações que as mulheres colocam,<br />
admitin<strong>do</strong> que O Ninho não é uma Instituição polivalente a autossuficiente.<br />
Paralelamente enfatiza o trabalho em parceria com outros equipamentos, tal po<strong>de</strong>mos<br />
comprovar nas suas palavras:<br />
«Não conseguimos dar resposta a tu<strong>do</strong>, tu<strong>do</strong>, tu<strong>do</strong> e ser<br />
autossuficientes – olha esta situação é para aqui, preciso disto e nós<br />
temos esta resposta – nesta instituição não, isso não é verda<strong>de</strong>, não é a<br />
realida<strong>de</strong> […] não conseguimos dar resposta a tu<strong>do</strong>, secalhar ainda<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 75