15.04.2013 Views

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

Porém, o discurso <strong>do</strong>s técnicos d’O Ninho são totalmente contraditórios e<br />

distintos <strong>do</strong> discurso daqueles que para além <strong>de</strong> encararem a prostituição como uma<br />

profissão, ainda reclamam a sua legalização.<br />

Po<strong>de</strong>mos constatar esta postura técnica nas palavras <strong>de</strong> Alexandra,<br />

fundamentan<strong>do</strong> a sua posição contra a legalização:<br />

«Com base na experiência que tínhamos, com base no sofrimento que<br />

as mulheres expressam, nós somos contra a legalização. Não po<strong>de</strong>mos<br />

consi<strong>de</strong>rar a prostituição um trabalho, porque nenhum Ser Humano, e<br />

a mulher neste caso, a ser um instrumento <strong>de</strong> prazer <strong>do</strong> outro, e por<br />

outro la<strong>do</strong>, repare uma coisa, legalizar a prostituição é dar um po<strong>de</strong>r<br />

legítimo ao homem <strong>de</strong> comprar sexo, e isto é <strong>de</strong>sumano também para<br />

o homem. Acho que <strong>de</strong>vemos sim <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r uma sexualida<strong>de</strong> ligada à<br />

afetivida<strong>de</strong>, à partilha e à responsabilida<strong>de</strong>.»<br />

6.6. REINSERÇÃO SOCIAL: MOTIVAÇÕES, EXPETATIVAS E MEDOS<br />

NO PROCESSO DE MUDANÇA<br />

De acor<strong>do</strong> com o Observatório Brasileiro <strong>de</strong> Observação sobre Drogas (2007) para<br />

enten<strong>de</strong>rmos o processo <strong>de</strong> Reinserção ou Reintegração Social é necessário reportamo-<br />

nos ao conceito <strong>de</strong> exclusão, que é o ato pelo qual alguém é priva<strong>do</strong> ou excluí<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminadas funções. Da mesma perspetiva comunga Paula quan<strong>do</strong> se refere aos<br />

objetivos das Oficinas, afirman<strong>do</strong> que os mesmos são:<br />

«[…] ajudar as mulheres que nos procuram, que são integradas nas<br />

Oficinas, a adquirir competências pessoais e sociais que lhes permitam<br />

a integração no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.»<br />

Os planos individuais <strong>de</strong> inserção social pressupõem diferentes etapas. Numa<br />

fase inicial é feito to<strong>do</strong> o diagnóstico social que conjetura o conhecimento da situação<br />

real da mulher, i<strong>de</strong>ntificação das suas necessida<strong>de</strong>s e reconhecimento das suas<br />

competências.<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 90

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!