15.04.2013 Views

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

<strong>de</strong> vida, cada um <strong>de</strong> nós fez a sua e to<strong>do</strong>s nós enquanto seres humanos<br />

já fizemos coisas que hoje pensamos e dizemos – eu aprendi com<br />

aquilo.»<br />

6.3. TRABALHAR “COM”<br />

Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à própria pedagogia d’O Ninho, e ten<strong>do</strong> em conta que encara o Outro<br />

como um Ser único e autêntico, o papel <strong>do</strong> técnico espera-se ser Actor e Media<strong>do</strong>r<br />

Social, viven<strong>do</strong> a complexida<strong>de</strong> da vida em socieda<strong>de</strong>, enquanto protagonista num da<strong>do</strong><br />

contexto social, cultural e histórico. O trabalho técnico <strong>de</strong>ve recair sobretu<strong>do</strong> no encarar<br />

o Outro com projetos <strong>de</strong> vida alternativos, abrin<strong>do</strong> caminho para que as mulheres<br />

possam tomar as suas próprias <strong>de</strong>cisões.<br />

Enquanto media<strong>do</strong>r social, o técnico <strong>de</strong>ve ser um sujeito flexível, isto é,<br />

implica<strong>do</strong> e distancia<strong>do</strong>, com ética profissional, capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar e gerir criativamente<br />

as relações interpessoais e intergrupais. O técnico <strong>de</strong>ve assumir responsabilida<strong>de</strong><br />

intersubjetiva, pois estão profissionalmente vocaciona<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>senvolver uma<br />

intervenção que aju<strong>de</strong> a encontrar o verda<strong>de</strong>iro senti<strong>do</strong> da vida, impulsionar a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong> participação das mulheres integradas em re<strong>de</strong>s sociais, para<br />

que possam incluir-se na comunida<strong>de</strong> com dignida<strong>de</strong>, serem agentes ativos, ajudan<strong>do</strong> a<br />

(re) construir a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

É essencial que o técnico seja capaz <strong>de</strong> ajudar a fomentar nas mulheres, espaços<br />

<strong>de</strong> pertença e <strong>de</strong> referência afetiva.<br />

Relativamente à intervenção socioeducativa, esta varia tal como a intervenção<br />

social, muitas vezes ao técnico compete estabelecer um equilíbrio por vezes instável<br />

entre o nível pessoal e coletivo, não se envolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>masia<strong>do</strong> emocionalmente que<br />

prejudique a intervenção.<br />

Quanto ao distanciamento e assertivida<strong>de</strong> que o técnico <strong>de</strong>ve estabelecer para<br />

enobrecer o <strong>de</strong>sempenho das suas funções, Paula reflete:<br />

«Não me envolvo emocionalmente e <strong>de</strong>scontroladamente que <strong>de</strong>pois<br />

me tire a objetivida<strong>de</strong> para po<strong>de</strong>r ajudar.»<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 64

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!