Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />
“[…] É assim, nós temos mulheres que vieram para Lisboa, e estão há<br />
tantos anos no meio prostitucional que não sabem andar em Lisboa<br />
andam <strong>de</strong> táxi, e acabam por não sair dali” (Joana – Monitora <strong>do</strong> Lar,<br />
2012).<br />
Perspetiva-se garantir a estas mulheres po<strong>de</strong>r estar num ambiente o mais normal<br />
e protegi<strong>do</strong> possível. A conotação <strong>de</strong> proteção neste contexto não se limita apenas às<br />
situações <strong>de</strong> violência e ao facto <strong>de</strong> ser necessário retirá-las <strong>do</strong> meio, reportan<strong>do</strong> o Lar<br />
como uma casa <strong>de</strong> abrigo, mas acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> porque há uma perspetiva <strong>de</strong> reeducação<br />
total <strong>do</strong> Ser Humano. Quan<strong>do</strong> falamos que estas mulheres se prostituírem, o acto <strong>de</strong> se<br />
prostituir é muito mais <strong>do</strong> que o mero acto sexual em si e no caso especifico da<br />
prostituição <strong>de</strong> rua, é completamente <strong>de</strong>sprovi<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualquer afeto e portanto aqui o<br />
reeducar está intimamente relaciona<strong>do</strong> com a noção <strong>de</strong> como elas se sentem, a noção<br />
como elas dizem sim à mudança.<br />
Um <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s objetivos <strong>do</strong> Lar pren<strong>de</strong>-se com a reinserção social e<br />
profissional das estagiárias, para isso fomenta-se a:<br />
- Participação nas tarefas diárias <strong>do</strong> Lar, limpeza e arrumação <strong>do</strong> espaço,<br />
confeção <strong>de</strong> refeições, que promove a aprendizagem <strong>de</strong> toda a gestão <strong>do</strong>méstica e<br />
autonomia das próprias mulheres, que é fundamental para a sua in<strong>de</strong>pendência;<br />
- Participação em ativida<strong>de</strong>s educativas, lúdicas e culturais, com o intuito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spertar o interesse por outras áreas <strong>de</strong> possível interesse;<br />
- Realização <strong>de</strong> convívios com pessoas fora <strong>do</strong> círculo habitual;<br />
- Acompanhamento necessário ao nível da saú<strong>de</strong>, como marcar uma consulta, ir<br />
ao médico, entre outras;<br />
- Apoio na educação <strong>do</strong>s filhos.<br />
A equipa <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong> Lar é constituída atualmente por quatro profissionais,<br />
sen<strong>do</strong> a Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Lar, cuja base <strong>de</strong> formação é Educação Social e três<br />
monitoras, duas Educa<strong>do</strong>ras Sociais e outra com formação em Psicologia.<br />
O tempo <strong>de</strong> permanência <strong>de</strong> cada mulher <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> inteiramente da sua evolução.<br />
Para po<strong>de</strong>rem permanecer no Lar, as mulheres têm <strong>de</strong> frequentar as Oficinas ou ter<br />
emprego.<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 42