15.04.2013 Views

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

2.2. SER-SE MULHER PROSTITUTA<br />

<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />

Numa fase inicial e antes <strong>de</strong> nos reportarmos à mulher enquanto mulher<br />

prostituta, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scurar que é um Ser Humano, uma mulher tal como qualquer<br />

outra. Importa fazer uma abordagem sobre os Direitos Humanos das Mulheres. Segun<strong>do</strong><br />

a Declaração das Nações Unidas no que concerne à violência contra as mulheres exige<br />

“a aplicação universal às mulheres <strong>do</strong>s direitos e princípios respeitantes à igualda<strong>de</strong>,<br />

segurança, liberda<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong> e dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as pessoas” (cit. in Amnistia<br />

Internacional, 1995). To<strong>do</strong>s os governos são moralmente obriga<strong>do</strong>s a apoiar esta<br />

Declaração, contu<strong>do</strong>, quanto aos Direitos Humanos das Mulheres muitos governos<br />

a<strong>do</strong>tam um panorama restritivo.<br />

Interessa referir que nenhum país <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> trata as mulheres da mesma maneira<br />

que trata os homens, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da classe social, cultura ou raça, em todas as<br />

socieda<strong>de</strong>s, as mulheres correm o risco <strong>de</strong> violação e abuso <strong>do</strong>s seus Direitos Humanos.<br />

Perante este cenário questiona-se quais as oportunida<strong>de</strong>s, incentivos e<br />

credibilida<strong>de</strong> que as mulheres têm para que a socieda<strong>de</strong>, no seu conjunto, respeite os<br />

seus Direitos Humanos e a trate com dignida<strong>de</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que a maioria das mulheres que são vítimas das violações<br />

<strong>do</strong>s Direitos Humanos provém <strong>de</strong> grupos mais pobres e vulneráveis, são exemplo as<br />

mulheres <strong>de</strong>salojadas, mulheres <strong>de</strong> minorias étnicas, imigrantes, mulheres discriminadas<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à sua orientação sexual, entre outras.<br />

In<strong>do</strong> ao encontro <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> anteriormente, temos uma classe social <strong>de</strong> mulheres<br />

totalmente marginalizada e con<strong>de</strong>nada – a mulher prostituta. A prostituição é um<br />

problema mundial, preocupan<strong>do</strong> vários organismos internacionais, sen<strong>do</strong> que ainda é<br />

insuficiente a reflexão e a tomada <strong>de</strong> consciência que é necessária para combater esta<br />

realida<strong>de</strong> social que se revela tão problemática.<br />

De acor<strong>do</strong> com Fontinha (2008) as mulheres estão numa situação <strong>de</strong><br />

vulnerabilida<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> em relação à globalização e, actualmente, por to<strong>do</strong> o país,<br />

temos mulheres <strong>de</strong> diversos países a prostituírem-se.<br />

De que forma surge a prostituição na vida <strong>de</strong>stas mulheres, porque permanecem<br />

e porque saem <strong>de</strong>ssa vida e que senti<strong>do</strong>s atribuem aos seus atos são os gran<strong>de</strong>s objetos<br />

<strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste capítulo. É através da análise e conhecimento das trajetórias e<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!