Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
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<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />
pais alcoólicos, às vezes os <strong>do</strong>is; viven<strong>do</strong> em condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> bastante<br />
precária, como falta <strong>de</strong> espaço, promiscuida<strong>de</strong>, insalubrida<strong>de</strong> e sobrelotação.<br />
Outro <strong>do</strong>s fatores que prevalece são os casos <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z precoce, on<strong>de</strong> a falta <strong>de</strong><br />
acompanhamento e a rejeição pela própria família causam instabilida<strong>de</strong> emocional<br />
nestas mulheres.<br />
Tal como nos refere Ferreira (1987), para muitas <strong>de</strong>stas mulheres o trabalho<br />
assalaria<strong>do</strong> começa muito ce<strong>do</strong>, muitas vezes na a<strong>do</strong>lescência. Porém, o baixo ou<br />
inexistente rendimento escolar, a falta <strong>de</strong> instrução e qualificação profissional, bem<br />
como a discriminação sexista manifesta, leva a maior parte <strong>de</strong>stas mulheres a obterem<br />
empregos mal remunera<strong>do</strong>s ou são as primeiras a ser atingidas pelo <strong>de</strong>semprego.<br />
Também o <strong>de</strong>senraizamento cultural e o sentimento <strong>de</strong> aban<strong>do</strong>no e solidão daí<br />
proveniente são fatores que po<strong>de</strong>m contribuir para a entrada da mulher no mun<strong>do</strong> da<br />
prostituição.<br />
Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar como outras causas associadas o trabalho e exploração<br />
infantis, relação sexual precoce, a ignorância ou falta <strong>de</strong> informação (Barbosa, 2007).<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os fatores que foram apresenta<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>mos concluir que<br />
existe uma tendência comum para serem as mesmas razões que fazem com que<br />
perpetuem esta activida<strong>de</strong>. Desta forma, importa perceber quais os verda<strong>de</strong>iros fatores<br />
que resi<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sta “opção”, <strong>de</strong> forma a distanciarmo-nos <strong>do</strong>s estereótipos existentes.<br />
Silva (2007) aponta como principais causas da prostituição a pobreza e as<br />
dificulda<strong>de</strong>s económicas como sen<strong>do</strong> as mais frequentes, que se associam situações<br />
problemáticas, muitas vezes vivenciadas no seio familiar da própria prostituta. Mais<br />
refere que os agentes policiais apontam como principais causas “a ausência da figura<br />
paterna como garante da estabilida<strong>de</strong> financeira e <strong>de</strong> ambos os progenitores como<br />
orienta<strong>do</strong>res imprescindíveis ao equilíbrio <strong>de</strong> cada indivíduo” (p. 803).<br />
Também a <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> mental é apontada como último motivo explicativo <strong>de</strong><br />
comportamentos sexuais inapropria<strong>do</strong>s, neste caso, iliba a mulher da possível “culpa”<br />
neste tipo <strong>de</strong> conduta (Silva, 2007).<br />
Determinante será também a situação económica <strong>de</strong> um País ou <strong>de</strong> uma região, o<br />
seu esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, os níveis <strong>de</strong> riqueza e <strong>de</strong> pobreza. Desta forma,<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 28