Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
Prostituição Feminina de Rua.pdf - Repositório Científico do Instituto ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>de</strong> Lisboa<br />
<strong>Prostituição</strong> <strong>Feminina</strong> <strong>de</strong> <strong>Rua</strong><br />
diariamente para combater as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, o preconceito e discriminação que a<br />
realida<strong>de</strong> prostituição enfrenta. Estes são os pilares fundamentais <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o trabalho<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s anos, centra<strong>do</strong>s na mulher, aliás, tal como nos informa Inês<br />
Fontinha, diretora da Instituição, a pedagogia d’O Ninho sempre se centrou muito no<br />
Outro, ten<strong>do</strong> como referência Carl Rogers. Po<strong>de</strong>mos constatar este sentimento no<br />
discurso <strong>do</strong>s técnicos <strong>de</strong> acompanhamento aquan<strong>do</strong> das entrevistas.<br />
“É tu<strong>do</strong> feito com elas, é um processo em que não há nada feito pelas<br />
pessoas, é feito com as pessoas […] estamos a trabalhar com Seres<br />
Humanos e não com papéis […] to<strong>do</strong> o trabalho <strong>do</strong> dia-a-dia é para as<br />
dignificar, <strong>de</strong> elas perceberem que são pessoas, têm direitos, que têm<br />
capacida<strong>de</strong>s, têm potencialida<strong>de</strong>s que se calhar nunca ninguém olhou<br />
para elas porque no fun<strong>do</strong> a autoestima e o reforço da autoestima é o<br />
que conta para que as pessoas consigam dar o salto.” (Paula, Oficinas,<br />
2012).<br />
“Eu acho que trabalho com ótimas pessoas, com uma pedagogia<br />
excelente e diferente e original e única, que assenta no respeito pelo<br />
outro, que sempre respeita o espaço <strong>do</strong> outro, que não procura em<br />
gavetas, não procura em números, <strong>do</strong> diálogo, <strong>do</strong> olhar para cada<br />
pessoa que está aí <strong>de</strong>sse la<strong>do</strong> como uma pessoa única e não fazer<br />
comparações” (Cristina, Centro <strong>de</strong> Atendimento, 2011).<br />
Quanto às ativida<strong>de</strong>s e festivida<strong>de</strong>s que O Ninho costuma <strong>de</strong>senvolver e<br />
comemorar, são <strong>de</strong> referir as ativida<strong>de</strong>s realizadas no dia 8 <strong>de</strong> Março – Dia da Mulher,<br />
no mês <strong>de</strong> Agosto, no Natal, na Consoada, na véspera <strong>do</strong> Ano Novo, no Ano Novo, nos<br />
aniversários. A nível cultural, e aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a que a cultura é um factor <strong>de</strong> inclusão, existe<br />
uma parceria com uma Casa Museu em Lisboa que informa e convida O Ninho,<br />
particularmente as mulheres, a participarem nas ativida<strong>de</strong>s que mais se a<strong>de</strong>quam e vão<br />
<strong>de</strong> encontro aos seus interesses.<br />
“Uma das coisas que elas fazem e a<strong>do</strong>ram ir é a Fátima e nós vamos a<br />
Fátima com elas” (Alexandra, Ninho, 2012).<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação Página | 52