Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba
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Gustavo Abib, Carlos Gabriel Eggert Boehs e<br />
Pedro José Steiner Neto<br />
Meirelles (1994) explica que as organizações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> passar por<br />
uma série <strong>de</strong> fases ou etapas <strong>de</strong> informatização e apresenta aquelas que<br />
consi<strong>de</strong>ra mais importantes. A primeira etapa é racionalização e<br />
estruturação da ativida<strong>de</strong> manual. Deve-se ter <strong>em</strong> mente que s<strong>em</strong> vencer<br />
essa fase torna-se muito difícil atingir a fase seguinte, que consiste na<br />
automação. Nesta etapa, as ativida<strong>de</strong>s costumam ser colocadas <strong>de</strong> início<br />
<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as isolados. A terceira fase consiste na integração, <strong>em</strong> que as<br />
ativida<strong>de</strong>s e os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> cada setor da organização estão integrados,<br />
possibilitando eliminar várias tarefas que eram realizadas <strong>de</strong> maneira<br />
duplicada por diferentes <strong>de</strong>partamentos. A evolução ou a estruturação<br />
<strong>de</strong>ssas etapas causa mudanças organizacionais e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
sist<strong>em</strong>as e pessoas para operacionalizá-las. A pressão rumo à integração<br />
organizacional surgiu no final dos anos 70 e continua até a atualida<strong>de</strong><br />
(McNURLIN; SPRAGUE, 1998). A partir do aumento do valor da informação,<br />
ou seja, quando passa a constituir um ativo valioso para a <strong>em</strong>presa<br />
(MCGEE; PRUSAK, 1994; STAIR; REYNOLDS, 2002; AUSTER; CHOO,<br />
1996) esse processo <strong>de</strong> integração é acelerado. Além do incentivo à<br />
integração, outros fatores que permitiram tal movimento foram as constantes<br />
e gran<strong>de</strong>s evoluções na tecnologia, nas comunicações e nos<br />
softwares. Os mecanismos <strong>de</strong> comunicações (inclui-se aqui a telecomunicação,<br />
entre outras formas) permitiram que os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> informação<br />
superass<strong>em</strong> barreiras geográficas, físicas, <strong>de</strong> custo e <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po rumo à<br />
integração (O´BRIEN, 2002). Com essas barreiras superadas, os sist<strong>em</strong>as<br />
<strong>de</strong> informação solidificaram seu papel nas organizações, com o objetivo<br />
<strong>de</strong> fornecer informações atualizadas e <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po real para suporte<br />
às transações diárias e também para suporte a <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> seus gestores.<br />
De acordo com o referencial teórico anterior, foram propostas cinco<br />
hipóteses principais, sendo que as três primeiras foram subdivididas<br />
<strong>em</strong> duas correlatas. As hipóteses são apresentadas a seguir.<br />
H1a: maior o nível <strong>de</strong> informatização, menor o uso <strong>de</strong> informações<br />
advindas <strong>de</strong> planilhas eletrônicas e <strong>de</strong> outras fontes, nas <strong>de</strong>cisões<br />
tomadas na área funcional do <strong>de</strong>cisor.<br />
H1b: quanto maior o nível <strong>de</strong> informatização menor o uso <strong>de</strong><br />
informações advindas <strong>de</strong> planilhas eletrônicas e <strong>de</strong> outras fontes, no fornecimento<br />
<strong>de</strong> informações para <strong>de</strong>cisores <strong>de</strong> outras áreas.<br />
H2a: quanto maior o nível hierárquico menor o uso <strong>de</strong> informações<br />
advindas <strong>de</strong> planilhas eletrônicas e <strong>de</strong> outras fontes, nas <strong>de</strong>cisões<br />
tomadas na área funcional do <strong>de</strong>cisor.<br />
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Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 103-131, 2005.