Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba
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Relações Interorganizacionais: estudo <strong>em</strong> cinco indústrias ...<br />
das parcerias são lineares e seqüenciais, incidindo mais sobre um elo da<br />
ca<strong>de</strong>ia, restringindo as relações comerciais e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> conhecimento<br />
e as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e fortalecimento da ca<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> valor. Para Fernan<strong>de</strong>s, (2000, p. 3): “A partir do momento<br />
que uma <strong>em</strong>presa percebe os benefícios dos relacionamentos<br />
potencializados, é possível que se adot<strong>em</strong> iniciativas <strong>em</strong> outros elos da<br />
ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, envolvendo novos parceiros.” De acordo com Martinelli e<br />
Vichi (1999): “A configuração dos relacionamentos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da proximida<strong>de</strong><br />
da <strong>em</strong>presa com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus fornecedores, fornecedores<br />
potenciais, clientes e competidores.”<br />
Portanto, a vantag<strong>em</strong> competitiva e sua sustentabilida<strong>de</strong> também<br />
po<strong>de</strong>m ser provenientes das relações entre os elos e suas ativida<strong>de</strong>s, da<br />
mesma forma que provêm da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada uma das <strong>em</strong>presas. As<br />
habilida<strong>de</strong>s para coor<strong>de</strong>nar os elos <strong>de</strong> relacionamento <strong>de</strong> uma mesma<br />
ca<strong>de</strong>ia geralmente culminam na redução <strong>de</strong> custos ou aumento da diferenciação<br />
como mecanismos <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.<br />
Dessa forma, as ações <strong>de</strong> relacionamentos principais <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar<br />
centradas na configuração e reconfiguração <strong>de</strong> seus relacionamentos e<br />
sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> negócios (NORMANN; RAMIREZ, 1993). Nesse sentido, as<br />
<strong>em</strong>presas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> fortalecer suas relações para períodos anteriores e posteriores<br />
da produção, a fim <strong>de</strong> garantir relacionamentos com fornecedores<br />
para suprimentos quantitativos e qualitativos. Dev<strong>em</strong> relacionar-se<br />
com ativida<strong>de</strong>s mais próximas dos clientes finais para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />
novas oportunida<strong>de</strong>s com aprendizag<strong>em</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos<br />
produtos e serviços que garantam sustentabilida<strong>de</strong> para a organização.<br />
As relações com as <strong>em</strong>presas do fluxo abaixo ou para frente, no<br />
sentido do consumidor final, po<strong>de</strong>m garantir aprendizag<strong>em</strong> e sustentabilida<strong>de</strong><br />
com a renovação do conhecimento com dados sobre novas necessida<strong>de</strong>s,<br />
fortalecendo o pensamento <strong>de</strong> investigações que sustentam<br />
os relacionamentos interorganizacionais como fonte <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e<br />
aprendizag<strong>em</strong> e, assim, <strong>de</strong> vantag<strong>em</strong> competitiva. Dessa forma, a gestão<br />
dos relacionamentos constitui condição fundamental para as pequenas<br />
<strong>em</strong>presas que preten<strong>de</strong>m ampliar ou reforçar suas participações nas<br />
ca<strong>de</strong>ias produtivas e garantias futuras <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.<br />
Para que haja cooperação efetiva é necessária a troca <strong>de</strong> informações<br />
entre as várias <strong>em</strong>presas dos elos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />
visão estratégica comum, facilmente i<strong>de</strong>ntificada com a <strong>de</strong>marcação das<br />
áreas <strong>de</strong> atuação na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor (PORTER, 1989) e com análise conjunta<br />
dos probl<strong>em</strong>as, soluções conjuntas e <strong>de</strong>finição das contribuições <strong>de</strong><br />
cada um dos atores envolvidos (CASAROTTO FILHO; PIRES, 1999).<br />
Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 29-54, 2005.