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Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba

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Relações Interorganizacionais: estudo <strong>em</strong> cinco indústrias ...<br />

As buscas por relacionamentos com fornecedores mais integrados<br />

<strong>em</strong> seus negócios facilitam o processo <strong>de</strong> procura <strong>de</strong> soluções para a<br />

obtenção <strong>de</strong> melhores resultados <strong>em</strong> seus mercados pela redução <strong>de</strong><br />

custos e diferenciação, <strong>em</strong> face das inúmeras possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alternativas<br />

<strong>de</strong> consumo (RIBEIRO; GRISI; SALIBY, 1999).<br />

Várias abordagens das relações interorganizacionais suger<strong>em</strong> que<br />

estas <strong>de</strong>vam ser primordialmente <strong>de</strong> cooperação. Para que haja cooperação,<br />

é necessária a troca <strong>de</strong> informações entre as várias <strong>em</strong>presas dos<br />

elos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma visão estratégica comum, <strong>de</strong>marcação<br />

das áreas <strong>de</strong> atuação, análise conjunta dos probl<strong>em</strong>as, soluções conjuntas<br />

e <strong>de</strong>finição das contribuições <strong>de</strong> cada um dos atores envolvido<br />

(CASAROTTO FILHO; PIRES, 1999) para o melhor aproveitamento dos<br />

conceitos imbuídos na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor. Um grupo <strong>de</strong> pesquisadores, coor<strong>de</strong>nados<br />

por Trist (1983), conforme refer<strong>em</strong> Cândido e Abreu (2000),<br />

suger<strong>em</strong> que no mundo organizacional a colaboração po<strong>de</strong> ser tão constante<br />

como a competição.<br />

N<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre as parcerias entre os atores da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor ocorr<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong> maneira linear e seqüencial. As parcerias po<strong>de</strong>m incidir sobre mais<br />

<strong>de</strong> um elo da ca<strong>de</strong>ia. Na opinião <strong>de</strong> Fernan<strong>de</strong>s (2000, p. 3): “A partir do<br />

momento que uma <strong>em</strong>presa percebe os benefícios da aliança, é freqüente<br />

que se adote iniciativas <strong>de</strong>sta natureza <strong>em</strong> outros elos da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

valor, envolvendo novos parceiros.”<br />

Dessa forma, a estratégia principal <strong>de</strong> uma organização está<br />

centrada na configuração e reconfiguração <strong>de</strong> seus relacionamentos e<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> negócios (NORMANN; RAMIREZ, 1993). A configuração dos<br />

relacionamentos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da proximida<strong>de</strong> da <strong>em</strong>presa com as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> seus fornecedores, fornecedores potenciais, clientes e competidores<br />

(MARTINELLI; VICHI, 1999, p. 2). Assim, a vantag<strong>em</strong> competitiva e sua<br />

sustentabilida<strong>de</strong>, também po<strong>de</strong>m ser provenientes das relações entre os<br />

elos e suas ativida<strong>de</strong>s, da mesma forma que provêm da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada<br />

uma das <strong>em</strong>presas. As habilida<strong>de</strong>s para coor<strong>de</strong>nar os elos <strong>de</strong> relacionamento<br />

<strong>de</strong> uma mesma ca<strong>de</strong>ia geralmente culminam na redução <strong>de</strong> custos<br />

ou aumento da estratégia <strong>de</strong> diferenciação.<br />

Os motivos que levam ao relacionamento não são suficientes para<br />

ajudar a enten<strong>de</strong>r, na totalida<strong>de</strong>, toda a dinâmica socioeconômica que<br />

envolve as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relacionamento. Os benefícios auferidos da capacida<strong>de</strong><br />

interna <strong>de</strong> formação e manutenção dos relacionamentos, somados<br />

com a colaboração externa, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser vistos como essenciais para a<br />

Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 29-54, 2005.

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