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Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba

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Relações Interorganizacionais: estudo <strong>em</strong> cinco indústrias ...<br />

Os dados <strong>de</strong>monstram, quantitativamente, os principais motivos<br />

que conduz<strong>em</strong> os relacionamentos interorganizacionais das <strong>em</strong>presas<br />

pesquisadas. As interações com as <strong>em</strong>presas da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção,<br />

orientada para garantir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suprimento, foi i<strong>de</strong>ntificada<br />

16 vezes durante as entrevistas, revelando que existe a preocupação por<br />

parte dos dirigentes com a continuida<strong>de</strong> dos relacionamentos para a manutenção<br />

do fornecimento <strong>de</strong> insumos. Esse fato po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado<br />

óbvio, quando se constata a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> suprimento por<br />

todas as <strong>em</strong>presas.<br />

As relações com o mercado e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tornar ótima a<br />

ação <strong>em</strong>presa nos intermediários com o mercado são o segundo motivo<br />

que impulsiona os relacionamentos interorganizacionais. Observou-se,<br />

no entanto, qualitativamente, que os gestores não perceb<strong>em</strong>, nos relacionamentos<br />

com os agentes fluxo abaixo, todas as oportunida<strong>de</strong>s para<br />

o melhor aproveitamento da proximida<strong>de</strong> com o mercado ou absorção<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los ou ferramentas que possibilitam melhorar sua atuação no<br />

mercado.<br />

Quanto à relação <strong>de</strong> importância dos motivos dos relacionamentos,<br />

na seqüência surgiram a redução <strong>de</strong> custo, a comercialização <strong>em</strong><br />

volume e o aumento da marg<strong>em</strong> <strong>de</strong> lucro, <strong>de</strong>monstrando que há pouca<br />

absorção dos benefícios a ser<strong>em</strong> obtidos com a melhoria das relações<br />

próximas com o mercado. Entretanto, percebe-se orientação restrita para<br />

os relacionamentos dirigidos a ganhos imediatos, que serão auferidos<br />

com os fornecedores fluxo acima, buscando possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ganhos <strong>de</strong><br />

curto prazo com a redução <strong>de</strong> custos, aumento do volume <strong>de</strong> produção e<br />

comercialização.<br />

A geração <strong>de</strong> conhecimento foi <strong>de</strong>stacada 11 vezes, o que <strong>de</strong>monstra<br />

a percepção dos dirigentes <strong>em</strong> tornar ótimo o conhecimento já<br />

existente na ca<strong>de</strong>ia e <strong>em</strong> buscar absorvê-lo por meio dos relacionamentos<br />

com atores <strong>de</strong>ntro e fora da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção. Das 11 vezes <strong>em</strong><br />

que foi mencionada a geração <strong>de</strong> conhecimento, 5 referiam-se a relacionamentos<br />

com atores que estão fora da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção, como cursos<br />

profissionalizantes e participação <strong>em</strong> feiras e associações <strong>de</strong> classe.<br />

Os principais critérios <strong>de</strong> escolha são, mais uma vez, tipicamente<br />

direcionados para o fluxo na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção. É o caso dos relacionamentos<br />

motivados pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração vertical com a ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> produção para garantir suprimento e volume, sendo essa uma preocupação<br />

típica <strong>de</strong> relacionamento fluxo acima. Observou-se que, por duas<br />

vezes, foram mencionados como fluxo abaixo. É que se trata da <strong>em</strong>presa<br />

pesquisada, <strong>em</strong> que o mesmo ator exerce o papel <strong>de</strong> fornecedor e <strong>de</strong><br />

Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 29-54, 2005.

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