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Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba

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Maria Henriqueta Sperandio Garcia Gimenes<br />

perguntas, aplicadas <strong>em</strong> número reduzido. Abordando-se um número<br />

pequeno <strong>de</strong> pessoas, como sustenta Thiollent (1982, p. 85),<br />

[...] o indivíduo é consi<strong>de</strong>rado como portador <strong>de</strong> cultura (ou subcultura)<br />

que a entrevista não-diretiva po<strong>de</strong> explorar a partir das verbalizações,<br />

inclusive as <strong>de</strong> conteúdo afetivo. Nelas são procurados sintomas dos<br />

mo<strong>de</strong>los culturais que se manifestam na vivência dos indivíduos ou<br />

grupos consi<strong>de</strong>rados.<br />

Como critérios da amostra foram estabelecidos os seguintes aspectos:<br />

os indivíduos entrevistados <strong>de</strong>veriam ter ida<strong>de</strong> igual ou superior a<br />

21 anos e inferior a 65, <strong>de</strong> ambos os sexos, resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> Curitiba há<br />

mais <strong>de</strong> um ano e ser<strong>em</strong> freqüentadores <strong>de</strong> bares e casas noturnas, com<br />

assiduida<strong>de</strong> igual ou superior a duas vezes por s<strong>em</strong>ana. Dentro da perspectiva<br />

<strong>de</strong> uma pesquisa sociológica, Deslan<strong>de</strong>s (1998) e Thiollent (1982)<br />

foram fundamentais na reflexão que <strong>de</strong>finiu o dimensionamento da amostra.<br />

Sobre a questão da <strong>de</strong>finição da amostrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa,<br />

Deslan<strong>de</strong>s (1998, p. 43) comenta:<br />

A pesquisa qualitativa não se baseia no critério numérico para garantir<br />

sua representativida<strong>de</strong>. Uma pergunta importante neste it<strong>em</strong> é<br />

“quais indivíduos sociais têm vinculação mais significativa para o probl<strong>em</strong>a<br />

a ser investigado?” A amostrag<strong>em</strong> boa é aquela que possibilita<br />

abranger a totalida<strong>de</strong> do probl<strong>em</strong>a investigado <strong>em</strong> suas múltiplas<br />

dimensões.<br />

Em um raciocínio s<strong>em</strong>elhante, Thiollent (1982, p. 34) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que,<br />

ao tratar-se <strong>de</strong> entrevistas <strong>em</strong> profundida<strong>de</strong>, a seleção dos indivíduos a<br />

ser<strong>em</strong> entrevistados “[...] supõe a disponibilida<strong>de</strong> do entrevistado, a qual<br />

não é previsível antes <strong>de</strong> um primeiro contato.” Em uma pesquisa qualitativa,<br />

só um pequeno número <strong>de</strong> pessoas é interrogado, escolhidas <strong>em</strong><br />

função <strong>de</strong> critérios não probabilísticos e que não possu<strong>em</strong>, <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência<br />

disso, uma amostra representativa no sentido estatístico. Tendo <strong>em</strong><br />

vista que o objetivo é utilizar as particularida<strong>de</strong>s das experiências sociais<br />

dos indivíduos enquanto reveladores da cultura tal como é vivida, os entrevistados<br />

são escolhidos por sua representativida<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação ao t<strong>em</strong>a<br />

tratado. Esse raciocínio <strong>de</strong>finiu o número <strong>de</strong> entrevistados: 21.<br />

Nesse contexto, o artigo objetiva discutir bares e casas noturnas<br />

como espaços <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> alimentos e bebidas, dando <strong>de</strong>staque<br />

a esses estabelecimentos como espaços <strong>de</strong> lazer e sociabilida<strong>de</strong> e<br />

procurando lançar reflexões que contribuam para melhor compreensão<br />

<strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos que não po<strong>de</strong>m ser omitidos nos processos <strong>de</strong> concepção<br />

e gerenciamento <strong>de</strong> <strong>em</strong>preendimentos <strong>de</strong> tal natureza.<br />

Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 55-75, 2005.<br />

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