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Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba

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Adoção do Comércio Eletrônico por Pequenas <strong>Empresas</strong> ...<br />

flutuações no comércio. Além disso, ajudam a manter o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra,<br />

<strong>em</strong>pregando trabalhadores ou sendo cliente direto dos produtos das gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>em</strong>presas.<br />

Montaño (1999, p. 56) corrobora essa visão ao apontar o fomento<br />

das pequenas <strong>em</strong>presas no Estado neoliberal 3 , por essa i<strong>de</strong>ologia, diante<br />

das novas necessida<strong>de</strong>s do capital que implicam retração do po<strong>de</strong>r sindical.<br />

Com isso, o Estado “promove” <strong>de</strong>missão <strong>em</strong> massa, precarização do<br />

vínculo <strong>de</strong> trabalho, perda dos direitos trabalhistas e terceirização.<br />

Assim, as pequenas <strong>em</strong>presas absorv<strong>em</strong> e <strong>em</strong>pregam parte das<br />

massas excluídas do mercado formal. A promoção <strong>de</strong>sse fenômeno é<br />

feita mediante legislação que <strong>de</strong>sburocratize sua criação e via programas<br />

<strong>de</strong> incentivo à <strong>de</strong>missão voluntária. A pequena <strong>em</strong>presa constitui, por conseqüência,<br />

uma importante alternativa ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego provocado pela<br />

corrente neoliberal.<br />

Para Montaño (1999, p. 13-14), há que se analisar a pequena<br />

<strong>em</strong>presa além <strong>de</strong> suas características intrínsecas, as quais correspon<strong>de</strong>m<br />

à sua pequena dimensão, com poucos trabalhadores, baixo volume <strong>de</strong><br />

produção e menor complexida<strong>de</strong>, possuindo escassa divisão <strong>de</strong> tarefas e<br />

alta centralização. Uma análise acurada exige a observação das dimensões<br />

extrínsecas, inserindo-as no contexto socioeconômico e político para<br />

diferenciá-la <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> <strong>em</strong>presa.<br />

O autor utiliza-se do conceito <strong>de</strong> “composição orgânica do capital”<br />

4 . Ele afirma que as <strong>em</strong>presas com alto nível tecnológico possu<strong>em</strong> sua<br />

parte constante favorecida via automação da produção, portanto caracterizam-se<br />

como gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas. Em contrapartida, as <strong>em</strong>presas que,<br />

por sua precarieda<strong>de</strong> tecnológica, possu<strong>em</strong> sua composição orgânica com<br />

a parte variável favorecida <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento da parte constante, integram as<br />

pequenas <strong>em</strong>presas. Por outro lado, a diferenciação entre gran<strong>de</strong> e pequena<br />

<strong>em</strong>presa, <strong>de</strong> acordo com o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Solomon (1986, p. 54), é<br />

feita consi<strong>de</strong>rando-se seus papéis na economia.<br />

3 Fruto da i<strong>de</strong>ologia econômica que surge como resposta à crise no processo <strong>de</strong> acumulação<br />

capitalista <strong>de</strong>flagrada até 1970, como prática política adotada, sobretudo nos anos<br />

80, por organismos internacionais <strong>de</strong> financiamento, sob heg<strong>em</strong>onia dos países centrais,<br />

<strong>de</strong>stinada a estabelecer programas <strong>de</strong> “ajuste estrutural” também nas economias do<br />

Terceiro Mundo, visando enxugar o Estado, <strong>de</strong>ixando sob sua conduta apenas t<strong>em</strong>as<br />

como educação, segurança e saú<strong>de</strong>.<br />

4 É a relação entre valor constante <strong>de</strong> capital – meios <strong>de</strong> produção – e valor variável <strong>de</strong><br />

capital – força <strong>de</strong> trabalho.<br />

Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 9-28, 2005.

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