Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba
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Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 55-75, 2005.<br />
Olhares Cont<strong>em</strong>porâneos sobre Consumo <strong>em</strong> Bares ...<br />
De acordo com os entrevistados, freqüentam-se bares e casas<br />
noturnas para “relaxar, fugir do estresse, divertir-se, reencontrar os amigos,<br />
paquerar” 7 ou ainda “ver e ser visto”. O consumo <strong>de</strong> comidas e<br />
bebidas é notadamente <strong>de</strong>ixado <strong>em</strong> segundo plano (muitas vezes tido<br />
como um compl<strong>em</strong>ento e não oferta principal do estabelecimento), diante<br />
da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usufruir um ambiente <strong>de</strong>scontraído, prazeroso e<br />
propício para o contato entre pessoas. Nesse contexto, freqüentar bares<br />
e casas noturnas também po<strong>de</strong> significar, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da intenção<br />
do consumidor, uma forma <strong>de</strong> aproximar-se, inserir-se ou ainda manterse<br />
integrado a um <strong>de</strong>terminado grupo, seja este primário, secundário ou<br />
<strong>de</strong> referência. 8<br />
2.1 IMAGENS VINCULADAS A BARES E CASAS NOTURNAS<br />
As imagens 9 <strong>de</strong> bares e casas noturnas <strong>de</strong>scritas pelos entrevistados<br />
<strong>de</strong>ixam transparecer as novas “funções” incorporadas por esses estabelecimentos.<br />
Bares foram fort<strong>em</strong>ente associados às conversas informais,<br />
ou bate-papo, e ao encontro entre amigos, sendo l<strong>em</strong>brados ainda<br />
como pontos <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. As casas noturnas foram<br />
associadas ao flerte e à dança. A música também esteve presente nas<br />
imagens dos dois tipos <strong>de</strong> estabelecimento, sendo a diferença apontada<br />
pelos entrevistados justamente o volume da execução, pois, enquanto a<br />
música “<strong>de</strong> bar” é uma “música ambiente”, a executada nas casas noturnas<br />
t<strong>em</strong> volume mais alto, contribuindo para criar um ambiente mais agitado,<br />
se comparado ao <strong>de</strong> um bar.<br />
7 Gíria relacionada à idéia <strong>de</strong> flerte, <strong>de</strong> ação ou tentativa <strong>de</strong> busca por companhia amorosa.<br />
8 Grupo primário: o relacionamento entre indivíduos é mais pessoal, marcado por contatos<br />
mais íntimos. Grupo secundário: há convivência, mas os contatos são mais impessoais,<br />
superficiais. Grupo <strong>de</strong> referência: formado por pessoas que o indivíduo respeita e admira<br />
e que po<strong>de</strong>m ou não pertencer a seu círculo <strong>de</strong> convivência (GADE, 1998).<br />
9 Imag<strong>em</strong>: utiliza-se a idéia <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> pautando-se na idéia <strong>de</strong> “imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> marca”. Para<br />
Karsaklian (2000, p. 181), a imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> marca constitui-se no “[...] conjunto <strong>de</strong> percepções<br />
que o consumidor t<strong>em</strong> <strong>de</strong> um produto, uma pessoa ou uma idéia. Estruturalmente,<br />
a imag<strong>em</strong> toma a forma <strong>de</strong> constelações, <strong>de</strong> associações entre o estímulo e um número<br />
variável <strong>de</strong> atributos discriminatórios.”