Administração de Empresas em Revista - Unicuritiba
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Marco Aurélio Alves <strong>de</strong> Mendonça, Ricardo Mazorra Peres Filho e<br />
Luciana Franco Goloni<br />
ros, como a indústria têxtil, e contribuíram para o surgimento <strong>de</strong> novas<br />
indústrias (como a <strong>de</strong> software) ou serviços (segurança <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as e<br />
comércio eletrônico, por ex<strong>em</strong>plo).<br />
O avanço <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo acarretou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos<br />
formatos e estratégias <strong>em</strong>presariais, os quais se foram tornando<br />
gradativamente mais intensivos <strong>em</strong> informação e conhecimento, recursos<br />
que passaram a ser consi<strong>de</strong>rados fundamentais, configurando a era<br />
(ou socieda<strong>de</strong>) da informação e do conhecimento. Com isso, surgiram<br />
setores produtivos, serviços financeiros e até mercados.<br />
As elevadas taxas <strong>de</strong> inovação comercial, tecnológica e<br />
organizacional não implicaram o fim da produção <strong>em</strong> massa, mas a<br />
reestruturação do sist<strong>em</strong>a industrial que permite a coexistência com um<br />
padrão <strong>de</strong> especialização flexível, <strong>em</strong> que as micro e pequenas <strong>em</strong>presas<br />
têm papel relevante.<br />
Na era do conhecimento, observar-se-á que as pequenas firmas<br />
possu<strong>em</strong> algumas vantagens, se comparadas às gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas, <strong>em</strong><br />
<strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong>s daquelas. Estruturas menos hierárquicas,<br />
recursos humanos escassos, especialização e flexibilida<strong>de</strong> – peculiarida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>ssas <strong>em</strong>presas comumente apontadas – são características<br />
marcantes do novo mo<strong>de</strong>lo, <strong>de</strong> acordo com Harvey (1992, p. 140), por<br />
meio do conceito <strong>de</strong> acumulação flexível, que se apóia na “[...] flexibilida<strong>de</strong><br />
dos processos <strong>de</strong> trabalho, dos mercados <strong>de</strong> trabalho, dos produtos e<br />
padrões <strong>de</strong> consumo.”<br />
3 COMÉRCIO ELETRÔNICO COMO NOVO MODELO DE NEGÓCIO<br />
A literatura relacionada ao comércio eletrônico esclarece que a<br />
adoção <strong>de</strong>le por <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> menor porte po<strong>de</strong> ser um el<strong>em</strong>ento que dê<br />
maior fôlego às ativida<strong>de</strong>s, possibilitando queda nos custos e expandindo<br />
o espectro <strong>de</strong> seu mercado consumidor.<br />
Segundo Legey (2001, p. 260), o comércio eletrônico é conseqüência<br />
da utilização das TIC, e, <strong>em</strong>bora muitos acredit<strong>em</strong> que o comércio eletrônico<br />
é recente, essa modalida<strong>de</strong> já v<strong>em</strong> sendo efetuada entre <strong>em</strong>presas<br />
há mais <strong>de</strong> duas décadas, a partir <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s proprietárias <strong>de</strong> intercâmbio<br />
eletrônico <strong>de</strong> dados (eletronic data interchange – EDI).<br />
Embora o termo “comércio eletrônico” não tenha nenhuma <strong>de</strong>finição<br />
amplamente aceita, acredita-se que ele não se limita apenas à compra<br />
e venda <strong>de</strong> produtos por meio <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s eletrônicas, mas uma ativida<strong>de</strong><br />
que inclui os diversos processos necessários a essas transações, e<br />
Adm. <strong>de</strong> Emp. <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, Curitiba, n. 4, p. 9-28, 2005.<br />
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