Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
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O plagioclásio po<strong>de</strong> mostrar-se com a dupla macla Albita-Periclina,<br />
geralmente <strong>de</strong>formada, ou não-maclado. É oligoclásio-an<strong>de</strong>sina. Po<strong>de</strong> constituir<br />
porfiroclastos ocelares e xenoblásticos <strong>de</strong> granulação fina a média, juntamente<br />
com o K-feldspato. A recristalização dos bordos dos cristais leva a textura mortar<br />
intracristalina. Transforma-se em sericita e epidoto.<br />
A biotita é <strong>de</strong> duas gerações. A mais antiga (Bt1) ocorre em palhetas<br />
isoladas ou aglomerados em lentículas, imprimindo folição à rocha. É xenoblástica,<br />
marrom, (titanífera) não pleocróica. Mostra inclusões <strong>de</strong> zircão, bordos corroidos e<br />
simplectitas <strong>de</strong> quartzo. Parece contemporânea à granada primária (Gr1). A <strong>de</strong><br />
segunda geração (Bt2) é esver<strong>de</strong>ada, pleocróica, sem um arranjo planar<br />
preferencial. Formou-se às custas da transformação da granada Gr1, em parte<br />
ainda preservada. Mesmo on<strong>de</strong> a substituição foi total ainda é possível se<br />
observar formas geométricas que lembram pseudomorfos <strong>de</strong> granadas, muitas<br />
vezes orientados linearmente a semelhança <strong>de</strong> rosários <strong>de</strong> grãos milimétricos.<br />
A granada da paragênese primária (Gr1) é levemente rosada, parecendo<br />
tratar-se <strong>de</strong> almandina. Uma segunda geração <strong>de</strong> granada (Gr2) cresce ao redor<br />
da primeira. Mostram-se fraturadas, separando-se em vários grãos, indicando<br />
<strong>de</strong>formação em regime rúptil. Altera-se preferencialmente em biotita e também em<br />
sericita, clorita e opacos.<br />
Moscovita foi i<strong>de</strong>ntificada em alguns exemplares. Em alguns casos é<br />
produto <strong>de</strong> alteração. Em outros mostra feições que sugerem tratar-se <strong>de</strong> mineral<br />
primário, com granulometria e orientação compatíveis com os dos outros minerais.<br />
Além dos minerais citados, merece <strong>de</strong>staque a presença <strong>de</strong> grafita, em<br />
quantida<strong>de</strong> acessória, em uma das amostras estudadas.<br />
VII.4.2 - Granitói<strong>de</strong> Palestina (Pagp)<br />
VII.4.2.1 - Distribuição e Relações <strong>de</strong> Contato<br />
O granitói<strong>de</strong> Palestina ocorre ao norte do granitói<strong>de</strong> Silveirânia,<br />
ultrapassando o limite setentrional da área em estudo. Parece correspon<strong>de</strong>r ao<br />
batizado por Raposo (1991) <strong>de</strong> granitói<strong>de</strong> Brás Pires. Ocupa área <strong>de</strong><br />
aproximadamente 125km², com largura média <strong>de</strong> 12,5km segundo o meridiano.<br />
Tem o limite sul na altura <strong>de</strong> Palestina, no extremo norte está a vila <strong>de</strong> Abreus,<br />
continuando para norte além do limite da área investigada. A morfologia é menos<br />
aci<strong>de</strong>ntada, embora mais elevada quando comparada à do granitói<strong>de</strong> Silveirânia,<br />
com cotas extremas <strong>de</strong> 985m e pouco inferior a 700m. É cortado na direção norte-<br />
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