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Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM

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ase (500m) no vale do rio São Manuel (foto10). Este maciço foi <strong>de</strong>scrito pela<br />

primeira vez por Brandalise & Viana (1993), durante os trabalhos do Projeto<br />

Barbacena (DNPM/<strong>CPRM</strong>) na Folha Rio Pomba. Por uma questão <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>,<br />

manteve-se o termo granitói<strong>de</strong>, mas talvez fosse mais apropriado a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong><br />

Complexo Silveirânia.<br />

As relações <strong>de</strong> contato com as <strong>rochas</strong> encaixantes, representadas pelos<br />

gnaisses bandados do Complexo Mantiqueira, não foram observadas. A forma do<br />

corpo e a litologia bastante distinta das <strong>rochas</strong> regionais sugerem contatos<br />

primários intrusivos, <strong>de</strong>formados por processos tectônicos posteriores, mas só<br />

estudos <strong>de</strong>talhados e principalmente geocronológicos po<strong>de</strong>rão estabelecer<br />

parâmetros mais seguros. No alto vale do rio São Manuel o contato com os<br />

gnaisses bandados é tectônico. O gnaisse regional forma o topo da serra do<br />

Caramonãs, colocando-se em posição topográfica superior ao granitói<strong>de</strong>. Neste, a<br />

<strong>de</strong>formação parece menos intensa do que a apresentada pelos gnaisses<br />

bandados regionais.<br />

A <strong>de</strong>composição do granitói<strong>de</strong> produz um material esbranquiçado e<br />

arenoso, que se acumula nas partes baixas, constituindo espessos terraços na<br />

bacia do rio São Manuel. No saprólito, também esbranquiçado ou levemente<br />

rosado, a foliação está melhor <strong>de</strong>stacada pelas estruturas anastomosadas<br />

marcadas por bandas ou lâminas escuras ou por filmes <strong>de</strong> biotita.<br />

VII.3.2.2 - Petrografia<br />

Mais <strong>de</strong> três <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> afloramentos foram <strong>de</strong>scritos no maciço sendo a<br />

rocha amplamente dominante um granitói<strong>de</strong> félsico, <strong>de</strong> granulação média a<br />

grossa. A foliação é marcada, principalmente, pelo arranjo planar preferencial das<br />

palhetas <strong>de</strong> biotita, embora esta também ocorra aleatoriamente distribuída. Esta<br />

orientação variável da biotita po<strong>de</strong> se relacionar à <strong>de</strong>formação diferente da rocha<br />

em seus diversos domínios. O feldspato é branco, as vezes com leve tonalida<strong>de</strong><br />

rosada da microclina. Em algumas porções, a biotita é mais rara e a rocha tornase<br />

praticamente hololeucocrática. Veios <strong>de</strong> quartzo discordantes, mobilizados<br />

quartzo-feldspáticos e porções pegmatói<strong>de</strong>s são relativamente freqüentes. "Leitos"<br />

eventuais <strong>de</strong> anfibolito e <strong>de</strong> biotita gnaisse xistoso emprestam um aspecto<br />

bandado ao conjunto. Os anfibolitos po<strong>de</strong>m adquirir formas lenticulares a<br />

semelhança <strong>de</strong> "xenólitos" ou boudins, representando, talvez, antigos diques<br />

máficos <strong>de</strong>formados.<br />

Ao microscópio (tabela VII.12) o granitói<strong>de</strong> Silveirânia mostra-se como<br />

granito ou granodiorito, composto principalmente por quartzo, microclina,<br />

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