Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Os granulitos básicos são quimicamente compatíveis com basaltos toleíticos<br />
enriquecidos, oriundos <strong>de</strong> plumas mantélicas ou <strong>de</strong> ilhas oceânicas mo<strong>de</strong>rnas.<br />
Relacionam-se a ambiente anorogênico <strong>de</strong> margens construtivas <strong>de</strong> placas (PMORB),<br />
intraplaca oceânica (OIB) e rifte continental (CRBt).<br />
Os granulitos intermediários a ácidos e os granitói<strong>de</strong>s das associações<br />
TTG e granítica são <strong>cálcio</strong>-alcalinos e relacionam-se a ambiente tectônico<br />
vinculado à subducção. É sabido que nos arcos magmáticos os produtos do<br />
magmatismo variam com o estágio <strong>de</strong> evolução do arco, com a distância vertical<br />
acima da zona <strong>de</strong> Beniof e, em alguns casos, lateralmente ao longo do arco<br />
(Wilson, 1989).<br />
Os gnaisses alcalinos merecem uma discussão mais ampla dado suas<br />
peculiarida<strong>de</strong>s. Segundo Eby (1990), <strong>rochas</strong> <strong>alcalinas</strong> ocorrem em<br />
ambientes não-orogênicos dos tipos ilhas oceânicas, riftes continentais,<br />
crosta continental atenuada e complexos anelares intracontinentais e em<br />
ambientes pós-orogênicos envolvendo colisões dos tipos arco-arco ou arcocontinente.<br />
No caso em estudo, os ambientes mais prováveis seriam crosta<br />
continental atenuada e rifte continental (anorogênico) ou colisional pósorogênico.<br />
A <strong>de</strong>finição original <strong>de</strong> Loiselle & Wones (1979) e a revisão <strong>de</strong><br />
Collins et al. (1982) não condicionam os granitói<strong>de</strong>s tipo-A a ambientes<br />
anorogênicos do tipo rifte continental em áreas cratônicas. Segundo Whalen<br />
et al. (1987), as altas temperaturas (>830ºC) necessárias para gerar<br />
magmas graníticos tipo-A limitam as condições tectônicas sob as quais são<br />
formados, <strong>de</strong>stacando que existem evidências <strong>de</strong> transição, com o tempo,<br />
<strong>de</strong> magmatismo orogênico granítico tipo-M para magmatismo granítico tipo-<br />
A. Para estes autores, granitói<strong>de</strong>s tipo-A não são exclusivos <strong>de</strong> estruturas<br />
tipo rifte intraplaca, po<strong>de</strong>ndo ocorrer em zonas transcorrentes ou mesmo<br />
durante subducção.<br />
Sylvester (1989) discute o posicionamento <strong>de</strong> granitos alcalinos em<br />
ambiente pós-colisional, ressaltando a dificulda<strong>de</strong> em se distinguir entre granitos<br />
alcalinos anorogênicos e pós-colisionais, uma vez que têm composições<br />
similares. Neste sentido, diagramas discriminantes nem sempre são úteis.<br />
Granitos alcalinos também mostram afinida<strong>de</strong>s com granitos <strong>de</strong> arco vulcânico e<br />
sin-colisionais (Sylvester, 1989). Além disso, diagramas discriminantes que usam<br />
elementos traço refletem com maior segurança as fontes químicas e não os<br />
ambientes tectônicos (Pearce et al. 1984).<br />
Windley (1993) <strong>de</strong>fine magmatismo anorogênico como sendo representado<br />
por uma ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>rochas</strong> ígneas, mais comumente granitos, que não<br />
estão associados com estruturas compressionais locais e cuja ida<strong>de</strong> é separada<br />
131