Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM

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QUADRO VIII.1 - Súmula das características principais das rochas deste estudo Granulitos Básicos Granulitos Intermediários a Ácidos Associação TTG Associação Granítica Gnaisses Alcalinos Petrografia Geoquímica Processos de Geração/Protólitos Prováveis Ambiência Geológica São principalmente piriclasitos ou piribolitos com ou sem granada, granoblásticos. Alguns ainda preservam evidências de texturas ofítica, cumulática ou coronítica pré-metamórficas. Enderbitos e granulitos, no sentido de Scharbert (1963), granoblásticos. • Trondhjemitos (tonalitos) cinza a rosados, textura inequigranular a granoblástica, em parte potassificados, gnáissicos. • Granodiorito/granito gnáissicos em Silveirânia. Granitos/granodioritos cinzarosados granoblásticos, gnáissicos e miloníticos, geralmente com granada acessória, podendo conter moscovita e, em um exemplar, grafita. Sienitos e quartzo sienitos predominantes, rosados, granoblásticos, miloníticos, gnaissificados, com bandas máficas, encraves máficos e xenólitos de granulitos. São cortados por diques sieníticos não-deformados. Rochas básicas toleíticas compatíveis com basaltos tipo PMORB e de rifte continental (CRB), discriminadas em duas populações. Uma terceira população parece corresponder a basaltos de ilhas oceânicas modernas (OIB). Rochas intermediárias a ácidas, cálcio-alcalinas, de baixa alumina com enriquecimento em ETRL e anomalias negativas de Eu. Rochas intermediárias a ácidas cálcio-alcalinas da associação TTG, com padrão de ETR fortemente fracionado, anomalias de Eu nulas a positivas e forte concavidade no domínio dos ETRP. Rochas graníticas metaluminosas cálcio-alcalinas, com forte fracionamento de ETR, anomalias negativas de Eu e baixos valores de Yb N . Rochas sieníticas saturadas a supersaturadas, alcalinas, potássicas, com K 2 O entre 4,5 e 10,7% em peso. Apresentam elevado conteúdo de ETR, fracionamento pronunciado entre La N /Lu N , anomalias negativas de Eu e declividade constante das curvas. Em Matola os conteúdos de ETR são mais baixos e o fracionamento é menor. Magmas mantélicos enriquecidos, envolvendo fracionamento de plagioclásio + olivina, posicionados em ambiente de rifte passivo, em plumas intraplaca e crista mesoceânica. Protólito magmático plutônico, do tipo I, originados possivelmente por fusão parcial hidratada de metabasaltos, em modelo de dois estágios, com fracionamento de plagioclásio (baixa alumina). Charmocktização localizada pode estar relacionada Pco2>PH2O. a processo metamórfico com Fusão parcial subcrustral de metabasaltos (modelo em dois estágios) com retenção de granada no resíduo, gerando magmas de composição tonalítica-trondhjemítica, com o plagioclásio fazendo parte do líquido (anomalias positivas de Eu). •Fusão parcial incongruente de metassedimentos pelito/grauvaquianos, com a participação de moscovita + biotita, na ausência de vapor, possivelmente contaminada por magma granítico tipo I, gerando rochas de fonte mista com características de granitos tipo S. •Fusão parcial de crosta continental heterogênea Fracionamento de magma basáltico derivado de manto enriquecido em elementos incompatíveis e ETRL. As rochas de Matola poderiam derivar por fusão parcial anidra de fonte crustal metatonalítica não-depletada ou granulítica depletada, com a participação de F, Cl e talvez hornblenda e plagioclásio. Tipo EMORB ou PMORB para a população 1, CRB para as populações 2 e OIB para a 3. Indicam ambiente anorogênico em margens construtivas de placas (crista mesoceânica), intraplaca oceânica (arco de ilha) e de rifte. Rochas plutônicas geradas em regime compressional em ambiente de arco magmático relacionado à subducção. Arco magmático em ambiente orogênico compressivo pré- a sincolisional. Segundo Wilson (1989), magmas das séries cálcio-alcalinas estão restritos a ambientes tectônicos relacionados à subducção. Ambinte orogênico sincolisional ou de arco magmático, relacionado à subducção. Ambiente anorogênico do tipo soerguimento epirogênico ou rifte, em ambiente intraplaca continental. Possibilidade de pós-colisional em zonas transcorrentes. 130
Os granulitos básicos são quimicamente compatíveis com basaltos toleíticos enriquecidos, oriundos de plumas mantélicas ou de ilhas oceânicas modernas. Relacionam-se a ambiente anorogênico de margens construtivas de placas (PMORB), intraplaca oceânica (OIB) e rifte continental (CRBt). Os granulitos intermediários a ácidos e os granitóides das associações TTG e granítica são cálcio-alcalinos e relacionam-se a ambiente tectônico vinculado à subducção. É sabido que nos arcos magmáticos os produtos do magmatismo variam com o estágio de evolução do arco, com a distância vertical acima da zona de Beniof e, em alguns casos, lateralmente ao longo do arco (Wilson, 1989). Os gnaisses alcalinos merecem uma discussão mais ampla dado suas peculiaridades. Segundo Eby (1990), rochas alcalinas ocorrem em ambientes não-orogênicos dos tipos ilhas oceânicas, riftes continentais, crosta continental atenuada e complexos anelares intracontinentais e em ambientes pós-orogênicos envolvendo colisões dos tipos arco-arco ou arcocontinente. No caso em estudo, os ambientes mais prováveis seriam crosta continental atenuada e rifte continental (anorogênico) ou colisional pósorogênico. A definição original de Loiselle & Wones (1979) e a revisão de Collins et al. (1982) não condicionam os granitóides tipo-A a ambientes anorogênicos do tipo rifte continental em áreas cratônicas. Segundo Whalen et al. (1987), as altas temperaturas (>830ºC) necessárias para gerar magmas graníticos tipo-A limitam as condições tectônicas sob as quais são formados, destacando que existem evidências de transição, com o tempo, de magmatismo orogênico granítico tipo-M para magmatismo granítico tipo- A. Para estes autores, granitóides tipo-A não são exclusivos de estruturas tipo rifte intraplaca, podendo ocorrer em zonas transcorrentes ou mesmo durante subducção. Sylvester (1989) discute o posicionamento de granitos alcalinos em ambiente pós-colisional, ressaltando a dificuldade em se distinguir entre granitos alcalinos anorogênicos e pós-colisionais, uma vez que têm composições similares. Neste sentido, diagramas discriminantes nem sempre são úteis. Granitos alcalinos também mostram afinidades com granitos de arco vulcânico e sin-colisionais (Sylvester, 1989). Além disso, diagramas discriminantes que usam elementos traço refletem com maior segurança as fontes químicas e não os ambientes tectônicos (Pearce et al. 1984). Windley (1993) define magmatismo anorogênico como sendo representado por uma ampla variedade de rochas ígneas, mais comumente granitos, que não estão associados com estruturas compressionais locais e cuja idade é separada 131
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PETROLOGIA DE ROCHAS ALCALINAS, CÁ
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ABSTRACT The rocks which are the ob
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CAPÍTULO IV Sensoriamento Remoto A
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A compilação das medidas de estru
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• Petrogênese Alguns modelos pod
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