Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Quatro amostras <strong>de</strong> granulitos básicos (figura VII.20), não se ajustam<br />
perfeitamente aos padrões apresentados. São EB207A, CP473A, HV69A e LB9G<br />
que mostram comportamento irregular dos elementos menos incompatíveis, HFSE<br />
e ETRP e enriquecimento mo<strong>de</strong>rado a forte nos LILE.<br />
• Petrogênese<br />
Os dados petrográficos e químicos confirmam a caráter ígneo original das<br />
populações investigadas. Diagramas <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> elementos maiores contra<br />
MgO sugerem tratar-se <strong>de</strong> <strong>rochas</strong> evoluídas a partir <strong>de</strong> fonte mantélica envolvendo<br />
fracionamento <strong>de</strong> plagioclásio + olivina. Em parte das amostras da população 1<br />
ainda estão registradas feições que sugerem estruturas cumuláticas. Além disso,<br />
parte das <strong>rochas</strong> da população 1 e a totalida<strong>de</strong> daquelas das populações 2 e 3<br />
têm razão K/Rb abaixo <strong>de</strong> 500 e principalmente entre 250 e 500 o que, para<br />
Rudnick et al. (1985), po<strong>de</strong> refletir processo <strong>de</strong> fracionamento ígneo primário, com<br />
<strong>de</strong>svios em função da maior ou menor <strong>de</strong>pleção <strong>de</strong> Rb durante o metamorfismo<br />
na fácies granulito.<br />
Comparadas a padrões estabelecidos através <strong>de</strong> aranhogramas <strong>de</strong><br />
elementos incompatíveis, as <strong>rochas</strong> da população 1 assemelham-se a basaltos<br />
tipo EMORB ou PMORB (basaltos enriquecidos ou <strong>de</strong> plumas mantélicas)<br />
recentes; as da população 2 a basaltos tipo CRBt (basaltos toleíticos <strong>de</strong> riftes<br />
continentais) mo<strong>de</strong>rnos, e as da população 3 a basaltos alcalinos <strong>de</strong> ilhas<br />
oceânicas ou continentais, com <strong>de</strong>svios comentados anteriormente. Com relação<br />
a padrões <strong>de</strong> razões químicas (tabela VII.8), as discriminações não são<br />
satisfatórias, talvez por modificações nas concentrações <strong>de</strong> alguns elementos por<br />
processos pós-magmáticos como já comentado. Entetanto, a distinção entre as<br />
três populações é marcante em relação às razões La/Yb, K/Ba e Zr/Y.<br />
A população 1 configura-se como <strong>de</strong> ambiente <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia mesoceânica<br />
(baixa razão Zr/Y) e as <strong>de</strong>mais como intraplaca (razões Zr/Y mais elevadas,<br />
principalmente pelo aumento das concentrações <strong>de</strong> Zr). A comparação dos<br />
resultados analíticos <strong>de</strong> granulitos, principalmente LILE, com padrões <strong>de</strong> basaltos<br />
recentes po<strong>de</strong> levar a equívocos em função das mobilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes elementos. A<br />
afirmação <strong>de</strong> que basaltos <strong>de</strong> um e <strong>de</strong> outro ambiente são enriquecidos ou<br />
<strong>de</strong>pletados em certos elementos não po<strong>de</strong> ser transferida diretamente para os<br />
granulitos básicos em função das possíveis remobilizações metamórficas, que<br />
afetam as razões entre elementos químicos.<br />
60