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Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM

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afinida<strong>de</strong> com toleitos <strong>de</strong> ambiente <strong>de</strong> rifte continental (CRB). Parte das <strong>rochas</strong><br />

<strong>alcalinas</strong> félsicas seriam produto <strong>de</strong> fracionamento <strong>de</strong> um magma basáltico<br />

<strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> um manto metassomatizado, enriquecido em elementos incompatíveis<br />

e em elementos <strong>de</strong> terras raras leves. As <strong>rochas</strong> <strong>alcalinas</strong> <strong>de</strong> Matola teriam<br />

<strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> uma fonte crustal metatonalítica ou granulítica, por fusão parcial<br />

anidra com a participação <strong>de</strong> F e Cl.<br />

Durante o processo <strong>de</strong> colisão, a antiga crosta basáltica seria hidratada<br />

subductada e metamorfisada, fundiria e geraria o material <strong>cálcio</strong>-alcalino da<br />

Associação TTG e os protólitos dos granulitos intermediários (processo em dois<br />

estágios). A cunha metassedimentar subductada originaria o material <strong>cálcio</strong>-alcalino<br />

da Associação Granítica. A <strong>de</strong>sidratação e metamorfismo da crosta <strong>cálcio</strong>-alcalina<br />

tonalítica originaria granulitos intermediários. Estes materiais, com características<br />

<strong>cálcio</strong>-<strong>alcalinas</strong>, são típicos <strong>de</strong> ambiente <strong>de</strong> arco magmático em regime compressivo,<br />

colisional. Uma estrutura tipo rifte continental, gerada em uma margem continental<br />

passiva, evoluindo para bacia oceânica, com posterior inversão e subducção/colisão,<br />

po<strong>de</strong>ria abrigar todos estes litótipos gerados por magmas toleíticos, alcalinos e <strong>cálcio</strong>alcalinos.<br />

A superposição <strong>de</strong> esforços tectônicos tangenciais afetou os litótipos <strong>de</strong><br />

maneira diferenciada, em função da reologia e do nível <strong>de</strong> posicionamento crustal. A<br />

<strong>de</strong>formação parece maior nas <strong>rochas</strong> félsicas, com transposição das estruturas<br />

primárias e metamórficas. A <strong>de</strong>formação tangencial é particularmente intensa em<br />

Matola e Ubari, mas não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser importante nos <strong>de</strong>mais corpos. Esta<br />

<strong>de</strong>formação parece coaxial àquela mostrada pelos gnaisses regionais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

transamazônica. As <strong>rochas</strong> granulíticas máficas parecem ter resistido mais à<br />

<strong>de</strong>formação, preservando-se ainda algumas estruturas ígneas primárias. Nas<br />

porções marginais e em alguns domínios internos <strong>de</strong>stes corpos máficos registra-se<br />

a presença <strong>de</strong> anfibolitos, talvez consequência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> alteração<br />

(hidratação) causados pelo cisalhamento.<br />

Como já foi dito, <strong>rochas</strong> granitói<strong>de</strong>s tipo-A também po<strong>de</strong>m estar relacionadas a<br />

importantes zonas <strong>de</strong> cisalhamentos transcorrentes. Ao nível atual do conhecimento,<br />

este fato não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sprezado. É sabido que na região su<strong>de</strong>ste as zonas <strong>de</strong><br />

cisalhamentos transcorrentes (tranpressivos) se seguiram à tectônica tangencial. Na<br />

hipótese <strong>de</strong> os granitói<strong>de</strong>s alcalinos relacionarem-se a movimentos transcorrentes e<br />

como foram fortemente afetados por cisalhamento <strong>de</strong> baixo ângulo, <strong>de</strong>vem ser no<br />

mínimo mais velhos que a última <strong>de</strong>formação tangencial, consi<strong>de</strong>rada póstransamazônica<br />

(Espinhaço ou mais nova).<br />

Diversos autores têm se <strong>de</strong>dicado ao estudo das faixas móveis do su<strong>de</strong>ste.<br />

Dentre eles citam-se Padilha et al. (1991, in: Pinto,1991); Pinto e Padilha (1993);<br />

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