Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
composição química final, durante a ascensão ou no interior da câmara<br />
magmática, por processos <strong>de</strong> cristalização fracionada, contaminação crustal e<br />
interação com fluidos tardi- a pós-magmáticos (Hildreth & Moorbath, 1988), difíceis<br />
<strong>de</strong> serem quantificados através do mo<strong>de</strong>lamento dos elementos traço (Harris &<br />
Inger, 1992).<br />
É normal que não se consiga estabelecer uma fonte inequívoca para o<br />
produto, mas qualquer que seja ela é <strong>de</strong> extrema importância que se investigue a<br />
natureza da fusão (a seco ou hidratada), as proporções <strong>de</strong> fundido/resíduo, as<br />
fases minerais envolvidas, a profundida<strong>de</strong> (P e T) em que ocorreu a fusão (com<br />
influência direta no campo <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> dos minerais) e a velocida<strong>de</strong> em que<br />
ocorreu o processo, permitindo ou não o reequilíbrio entre as fases minerais<br />
envolvidas.<br />
Apesar da natureza metaluminosa <strong>de</strong>finida quimicamente, a hipótese <strong>de</strong><br />
um protólito para<strong>de</strong>rivado é reforçada pela assinatura dos ETR, pela presença <strong>de</strong><br />
granada e pela ocorrência <strong>de</strong> grafita em um exemplar (amostra HV747A não<br />
analisada quimicamente). Os dados reportados sugerem um protólito<br />
metassedimentar pelítico/grauvaquiano que teria sofrido fusão parcial<br />
incongruente <strong>de</strong> moscovita e biotita na ausência <strong>de</strong> vapor, gerando fusão<br />
granítica, provavelmente contaminada por magma granítico tipo I (ver perfil dos<br />
granitos potássicos pós-arqueanos na figura VII.48), atuando a granada como<br />
retentora <strong>de</strong> ETRP no resíduo. O produto final teria características <strong>de</strong> rocha<br />
granítica <strong>de</strong> fonte mista, compatível com granitos tipo S <strong>de</strong> Chappell & White<br />
(1974). Não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scartada, também, a hipótese da participação <strong>de</strong> uma<br />
crosta continental heterogênea como protólito, tendo a granada, plagioclásio e<br />
possivelmente hornblenda <strong>de</strong>sempenhando papel importante no processo.<br />
VII.5 - Gnaisses Alcalinos (Pal)<br />
VII.5.1 - Distribuição e Relações <strong>de</strong> Contato<br />
Os gnaisses alcalinos ocorrem em três corpos principais (Ubari, Mercês e<br />
Matola) e em outros menores como em São José da Soleda<strong>de</strong>, na BR265 (junto à<br />
serra do Ramalho) próximo à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santa Bárbara do Tugúrio e em Acácio<br />
(Figura VII.1 e mapa geológico).<br />
Maciço <strong>de</strong> Ubari - Descrito pela primeira vez por Brandalise et al. (1977),<br />
localiza-se a sul da vila homônima, cerca <strong>de</strong> 10km a oeste da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ubá, na<br />
102