Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
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cristalização fracionada envolvendo olivina, plagioclásio, clinopiroxênio e espinélio<br />
aumenta o conteúdo total <strong>de</strong> ETR dos MORB mais evoluídos, sem causar<br />
qualquer fracionamento significativo entre elementos, mantendo a forma<br />
característica do padrão <strong>de</strong> ETR dos basaltos primitivos. Existe, entretanto, uma<br />
tendência a se produzir anomalias negativas <strong>de</strong> Eu pelo fracionamento <strong>de</strong><br />
plagioclásio (Wilson, 1989). Ao contrário, os PMORB variam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> levemente<br />
<strong>de</strong>pletados a enriquecidos em ETRL, geralmente com razão (La/Sm) N >1 (Wilson,<br />
1989), enriquecimento confirmado nas <strong>rochas</strong> da população 1 em estudo. O<br />
caráter <strong>de</strong> magmas tipo PMORB também é sugerido pelas baixas razões Zr/Nb da<br />
população 1 (entre 0,77 e 6,54) e população 2 (entre 4,41 e 10,00) e pelos valores<br />
mais elevados <strong>de</strong> (La/Sm) N , entre 0,77 - 1,89 e 1,46 - 2,09, respectivamente. Os<br />
enriquecimentos em ETRP, observados em alguns perfis, encontram sustentação<br />
na presença <strong>de</strong> granada no material analisado. A granada, pelo menos em parte,<br />
tem origem em reações metamórficas <strong>de</strong> fácies granulito envolvendo piroxênio e<br />
plagioclásio e também simplectitos com ilmenita e/ou quartzo.<br />
Os basaltos tipo pluma (PMORB) têm razões K/Ba, K/Rb, La/Ce e Zr/Nb<br />
mais baixas que as observadas em NMORB, sendo comparáveis às <strong>de</strong> toleítos <strong>de</strong><br />
ilhas oceânicas (OIB) - (Wilson, 1989). Neste sentido, a discriminação entre<br />
PMORB e OIB toleíticos fica prejudicada. Os PMORB são <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong><br />
componentes <strong>de</strong> pluma ou hot spot enriquecidos, com todos os termos<br />
transicionais para NMORB (<strong>de</strong>pletados). Os PMORB contém quantida<strong>de</strong>s<br />
variáveis <strong>de</strong> material isotopicamente heterogêneo (do manto inferior) que é<br />
também a fonte dos basaltos <strong>de</strong> ilha oceânica (OIB). Este material ascen<strong>de</strong>ria<br />
como bolhas vindas do manto inferior relativamente enriquecido, através do manto<br />
superior <strong>de</strong>pletado, on<strong>de</strong> se misturaria em proporções variadas com o material<br />
astenosférico, conforme mo<strong>de</strong>lo proposto por Zindler et al. (1984, in: Wilson, 1989)<br />
- (figura VII.21). As características geoquímicas dos OIB toleíticos indicam tratarse<br />
<strong>de</strong> fusões parciais (20 - 30%) <strong>de</strong> fontes constituídas <strong>de</strong> múltiplos componentes<br />
envolvendo aproximadamente manto primordial, crosta oceânica antiga reciclada<br />
(basalto + sedimentos), astenosfera <strong>de</strong>pletada (MORB <strong>de</strong> fonte mantélica),<br />
litosfera oceânica <strong>de</strong>pletada e litosfera subcontinental reciclada (Wilson, 1989).<br />
A fusão do manto para gerar basaltos leva a uma <strong>de</strong>pleção relativa dos<br />
ETRL em comparação com os ETRP (e médios), sugerindo que o manto evoluído<br />
é relativamente <strong>de</strong>pletado em ETRL. A fusão do manto lherzolítico (com ou sem<br />
granada) produz um líquido basáltico e <strong>de</strong>ixa um resíduo <strong>de</strong> olivina ± ortopiroxênio<br />
± clinopiroxênio (a baixa profundida<strong>de</strong>) e granada (a profundida<strong>de</strong>s maiores).<br />
Para baixas frações <strong>de</strong> fundido (F