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Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM

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Mesmo não se <strong>de</strong>sconhecendo a importância dos elementos traço e <strong>de</strong><br />

alguns óxidos <strong>de</strong> elementos maiores, são os ETR os principais discriminantes<br />

petrogenéticos. Alguns elementos químicos po<strong>de</strong>m sofrer remobilização durante<br />

processos secundários (alteração em fundo oceânico, metamorfismo). Outros,<br />

como os ETR, são mais estáveis, embora os ETRL possam ser enriquecidos<br />

durante processos <strong>de</strong> alteração. Os ETRP não são afetados (Condie, 1982) e,<br />

portanto, refletem a fonte.<br />

As populações 1 e 2 (esta mais) têm padrões <strong>de</strong> ETR similares ao padrão<br />

TH2 <strong>de</strong> Condie (1981) para toleítos arqueanos enriquecidos. Não se dispõe,<br />

entretanto, <strong>de</strong> dados suficientes para aferir o comportamento dos ETR <strong>de</strong>stas<br />

<strong>rochas</strong> durante o metamorfismo na fácies granulito e posterior anfibolitização<br />

(quando ocorreu). Admite-se que as concentrações <strong>de</strong> ETR estejam refletindo a<br />

química dos protólitos. Os padrões dos ETR, (reforçados pelos aranhogramas)<br />

sugerem tratar-se <strong>de</strong> <strong>rochas</strong> <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> material mantélico não-<strong>de</strong>pletado e até<br />

mesmo enriquecido em elementos incompatíveis, LILE e ETRL, quando<br />

comparadas a basaltos normais <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias mesoceânicas (NMORB) e a toleitos<br />

normais (TH1 ) arqueanos. Estes enriquecimentos são atribuídos à contaminação<br />

crustal do magma basáltico ou à <strong>de</strong>rivação a partir <strong>de</strong> uma fonte mantélica<br />

enriquecida (metassomatisada). A distinção entre estes dois mo<strong>de</strong>los permanece<br />

um consi<strong>de</strong>rável problema petrogenético (Thomas et al.,1992). Os valores<br />

relativamente baixos <strong>de</strong> Ba para a população 1 (20 a 92 ppm; média = 56 ppm) e<br />

mo<strong>de</strong>rados a altos para as populações 2 (130 a 270 ppm; média = 230 ppm) e 3<br />

(250, 360 e 410 ppm), com a amostra CP473A tendo Ba = 1380 ppm, reforçam a<br />

hipótese <strong>de</strong> material mantélico com provável contaminação crustal. As amplas<br />

variações nas concentrações <strong>de</strong> Ba (74 a 570 ppm) em noritos da Turtle Bay Suite<br />

(África do Sul) foram interpretadas por Thomas et al. (1992) como características<br />

do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> contaminação crustal.<br />

As discretas anomalias negativas <strong>de</strong> Eu e as razões MgO x TiO2 e MgO x<br />

Al2O3 das populações 1 e 2 sugerem fracionamento <strong>de</strong> plagioclásio a partir <strong>de</strong><br />

magmas primitivos. Do fracionamento participaria também olivina, conforme<br />

mostrado por Wilson (1989). A olivina teria um comportamento uniforme no<br />

padrão dos ETR em função <strong>de</strong> seu Kd muito baixo e sua presença no resíduo<br />

implica enriquecimento essencialmente equivalente <strong>de</strong> todos os ETR no líquido<br />

(Hanson, 1980).<br />

Basaltos primitivos tipo NMORB têm concentrações <strong>de</strong> ETR iguais ou<br />

inferiores a <strong>de</strong>z vezes o condrito, enquanto em basaltos extremamente<br />

diferenciados po<strong>de</strong>m chegar a cinqüenta vezes o valor condrito (Wilson, 1989). A<br />

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