Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
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Com respeito aos dados geofísicos eles ainda são insuficientes. A<br />
gravimetria mostra uma <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> crustal importante na extremida<strong>de</strong> sul do<br />
domínio cratônico (Cráton do São Francisco), que coinci<strong>de</strong> com o local <strong>de</strong><br />
ocorrência das <strong>rochas</strong> granulíticas e granitói<strong>de</strong>s investigadas. Essa<br />
<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> passa próximo à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mercês, é seccionada pela BR040<br />
entre Barbacena e Santos Dumont e continua para oeste. Para leste é<br />
reconhecida na região <strong>de</strong> Abre-Campo (fora dos limites do estudo). A<br />
aeromagnetometria registra a oeste, no sentido da Faixa Alto Rio Gran<strong>de</strong>, padrões<br />
anômalos que correspon<strong>de</strong>m à presença dos granulitos e granitói<strong>de</strong>s,<br />
principalmente aqueles das regiões <strong>de</strong> Matola e São Bento dos Torres. Para leste,<br />
na região <strong>de</strong> Aracitaba-Mercês-Ubari, as feições magnéticas são mais tênues, mas<br />
ainda características <strong>de</strong>stes terrenos.<br />
Somando-se as informações anteriores e consi<strong>de</strong>rando-se o caráter<br />
colisional do material <strong>cálcio</strong>-alcalino e anorogênico ou pós-colisional do material<br />
alcalino é possível supor-se que tais <strong>rochas</strong> foram geradas no início da<br />
orogênese transamazônica (se anorogênicas) ou pós-Jequie (se pósorogênicas),<br />
já que estão cavalgadas por gnaisses bandados <strong>de</strong>formados no<br />
Transamazônico, como indicam as datações Rb/Sr e as lineações <strong>de</strong><br />
estiramento no rumo 160º, conspícuas nas <strong>rochas</strong> regionais e presentes também<br />
no material <strong>de</strong>ste estudo. Uma segunda hipótese seria toda a <strong>de</strong>formação<br />
atualmente observado ser brasiliana, mas neste caso teríamos que admitir que o<br />
sistema Rb/Sr não foi recalibrado, registrando ainda as ida<strong>de</strong>s transamazônicas.<br />
Assim, parte do material investigado po<strong>de</strong>ria ter sido posicionado na orogênese<br />
brasiliana, mas o material alcalino não po<strong>de</strong>ria ser pós-orogênico <strong>de</strong>ste ciclo.<br />
Deveria ter sido colocado em um ambiente <strong>de</strong> margem continental passiva,<br />
quando da abertura do ciclo Brasiliano, oportunida<strong>de</strong> em que também se<br />
colocariam os granulitos básicos, em um regime <strong>de</strong> soerguimento continental<br />
epirogênico, que evoluiria para um rifte continental e para uma bacia oceânica.<br />
No fechamento do ciclo, a subducção da crosta oceânica sob a continental<br />
levaria à geração dos magmas <strong>cálcio</strong>-alcalinos representados pelos granulitos<br />
intermediários, Associação TTG e Associação Granítica. Este mesmo mo<strong>de</strong>lo<br />
po<strong>de</strong> ser transportado para a orogênese transamazônica, o que parece mais<br />
provável em função dos dados disponíveis.<br />
O magma basáltico tipo PMORB, protólito dos granulitos básicos da<br />
população 1, constituiria uma pluma que ascen<strong>de</strong>ria lentamente com o<br />
a<strong>de</strong>lgaçamento crustal. Magmas basálticos tipo OIB (ilhas oceânicas), se<br />
presentes, po<strong>de</strong>riam atingir níveis mais elevados ou chegar à superfície e ter<br />
representação na população 3. Os granulitos da população 2 mostram maior<br />
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