Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
Petrologia de rochas alcalinas, cálcio-alcalinas e toleíticas ... - CPRM
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
contiver acima <strong>de</strong> 25% <strong>de</strong> plagioclásio em volume, composicionalmente mais<br />
próxima <strong>de</strong> uma grauvaca.<br />
A reação “b” é tida por aqueles autores como uma fonte pouco provável <strong>de</strong><br />
geração <strong>de</strong> granito <strong>de</strong> composição eutética, uma vez que a alta fração <strong>de</strong> fusão<br />
parcial requerida (F>60%) <strong>de</strong>pletará o restrito em todo o plagioclásio, resultando<br />
fusões <strong>alcalinas</strong> (alto K) não eutéticas. Vale <strong>de</strong>stacar que, sendo reações<br />
enca<strong>de</strong>adas, a sillimanita gerada em “a” será consumida em “b”, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
existam fases minerais em quantida<strong>de</strong>s suficientes.<br />
As fusões incongruentes na ausência <strong>de</strong> vapor po<strong>de</strong>riam ser<br />
esquematizadas pelas reações:<br />
c) moscovita + quartzo + plagioclásio = K-feldspato + sillimanita + fusão<br />
d) biotita + sillimanita + quartzo + plagioclásio = granada ± K-feldspato +<br />
fusão<br />
Estas reações são tamponadas pelo conteúdo <strong>de</strong> H2O presente nas micas.<br />
Como é normal acontecer, as duas micas po<strong>de</strong>riam estar originalmente presentes<br />
na fonte metapelítica. Nesta situação, a fusão se iniciaria pela reação “c” e<br />
prosseguiria pela “d” uma vez consumida toda a moscovita. A sillimanita po<strong>de</strong>rá<br />
ser completamente consumida no restito resultando uma fusão granítica <strong>de</strong>stituída<br />
<strong>de</strong> aluminosilicatos (Al2SiO5), como ocorre nas <strong>rochas</strong> da Associação Granítica<br />
<strong>de</strong>ste estudo, sugerindo que a fusão, a se adotar uma fonte metapelítica, teria<br />
ocorrido no campo <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> da biotita. Não se dispões <strong>de</strong> dados<br />
termobarométricos que nos permitam saber se as condições necessárias para a<br />
fusão da biotita foram atingidas mas a presença <strong>de</strong> uma mineralogia granítica com<br />
± granada e ausência <strong>de</strong> sillimanita no produto é indicativo <strong>de</strong>stas condições.<br />
As fusões graníticas eutéticas <strong>de</strong> fonte metapelítica mostraram-se com as<br />
seguintes características (Harris & Inger, 1992):<br />
1) fusão na presença <strong>de</strong> vapor envolvendo moscovita<br />
• enriquecimento em Rb e Sr<br />
• <strong>de</strong>pleção em Ba<br />
• baixa razão Rb/Sr - (0,7 a 1,6)<br />
• alta razão Sr/Ba - (0,5 a 1,7)<br />
• anomalia positiva <strong>de</strong> Eu<br />
• T ~ 620 o C a 5Kbar e aH2O = 1<br />
Para uma fonte menos rica em moscovita resultará um excesso <strong>de</strong><br />
plagioclásio no resíduo, o que elevará a razão Rb/Sr na fusão.<br />
2) fusão na ausência <strong>de</strong> vapor envolvendo:<br />
a) moscovita<br />
• enriquecimento em Rb<br />
100