Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
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<strong>Daniel</strong> e <strong>Apocalipse</strong> – <strong>Vol</strong>. 1 – <strong>Daniel</strong><br />
102<br />
“Que a igreja de Roma tenha derramado mais sangue inocente que<br />
qualquer outra instituição que já existiu entre a humanidade, é algo que<br />
nenhum protestante que tenha um conhecimento completo da história<br />
porá em dúvida. Na verdade os elementos que poderiam lembrar muitas<br />
de suas perseguições escasseiam agora de tal maneira que é impossível<br />
formar-se um completo da multidão de suas vítimas. É igualmente certo<br />
que não há faculdades da imaginação que possam compreender<br />
adequadamente seus sofrimentos. . . . Estas atrocidades não foram<br />
perpretadas em breves paroxismos de um reinado de terror, nem por mão<br />
de sectários obscuros, mas infligidas por uma igreja triunfante, com toda<br />
a circunstância de solenidade e deliberação.”<br />
E em nada muda o assunto porque em numerosos casos as vítimas<br />
foram entregues às autoridades civis. A igreja era a que decidia em<br />
questões de heresia, entregando em seguida os ofensores o tribunal<br />
secular. Mas o poder secular naqueles dias de perseguição não era senão<br />
um instrumento nas mãos da igreja e sob seu controle, para executar suas<br />
ordens. Quando a igreja entregava seus prisioneiros aos carrascos para<br />
que os executassem, pronunciava a seguinte fórmula: "Deixamos-te e te<br />
entregamos ao braço secular e ao poder do tribunal secular; mas ao<br />
mesmo tempo rogamos ardentemente a esse tribunal que modere sua<br />
sentença para não tocar no teu sangue nem pôr tua vida em<br />
perigo." (Miguel Geddes, “A View of the Court of Inquisition in<br />
Portugal”, Miscellaneous Tracts, vol. 1, pág. 408; Ver também Filipe<br />
Limborch, The History of the Inquisition, <strong>Vol</strong>. 2, pág. 289). Então, como<br />
realmente se pretendia, as infortunadas vítimas do ódio papal eram<br />
imediatamente executadas.<br />
O testemunho de Lapicier é muito oportuno a respeito:<br />
“O poder civil pode castigar unicamente o delito de incredulidade na<br />
forma e grau em que esse delito foi revelado judicialmente por pessoas<br />
eclesiásticas, versadas na doutrina da fé. Mas a igreja ao tomar para si o<br />
conhecimento do delito de incredulidade, pode por si mesma decretar a<br />
sentença de morte, embora não executá-la; mas confia em sua execução ao