Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
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<strong>Daniel</strong> e <strong>Apocalipse</strong> – <strong>Vol</strong>. 1 – <strong>Daniel</strong><br />
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presentes estava familiarizada em virtude de seu aparecimento no palco . . .<br />
A essa pessoa, como a mais apta representante daquela Razão que eles<br />
adoravam, a Convenção Nacional da França prestou homenagem pública.<br />
Essa ímpia e ridícula encenação tinha certa moda e a instalação da Deusa<br />
da Razão foi renovada e imitada em toda a nação, em lugares onde os<br />
habitantes desejavam mostrar-se à altura da Revolução." (Sir Walter Scott,<br />
The Life of Napoleon Buonaparte, vol. 1, págs. 239, 240).<br />
O historiador moderno, Luis Madelin, escreve:<br />
“Tendo-se suspenso a Assembléia de seus negócios, uma procissão<br />
(de mista descrição) acompanhou a deusa às Tullerías, e obrigou os<br />
deputa<strong>dos</strong> a decretar em sua presença a transformação de Nossa Senhora<br />
em Templo da Razão. Como isto não foi considerado suficiente, outra deusa<br />
da razão, a esposa de Momoro, membro da Convenção, foi instalada em<br />
San Suplicio no seguinte decadí. Desde muito estas Liberdades e Razões<br />
pululavam em toda a França. Com muita freqüência, eram mulheres<br />
licenciosas, embora havia uma ou outra deusa vinda de boa família e<br />
conduta decente. Se for verdade que as frontes de alguma destas<br />
Liberdades foram cingidas com uma cinta que portava a inscrição: ‘Não me<br />
troqueis por Licença’, podemos dizer que dificilmente era supérflua a<br />
indicação em qualquer parte da França; porque geralmente reinavam as<br />
orgias mais repugnantes. Diz-se que em Lyon se fez um asno beber num<br />
cálice. . . . Payán chorou sobre ‘estas deusas, mais degradadas que as da<br />
fábula.’ ” (Luis Madelin, The French Revolution, pág. 389)<br />
Enquanto o fantástico culto da razão pareceu enlouquecer a nação,<br />
os dirigentes da revolução passaram para a história como “os ateus”.<br />
Mas não demorou em notar-se que para frear o povo era preciso uma<br />
religião com sanções mais fortes que as que possuía a então em voga.<br />
Apareceu, portanto, uma forma de culto em que o “Ser Supremo” era<br />
objeto de adoração. Era igualmente vazio quanto a produzir reformas na<br />
vida e piedade vital, mas se apoiava no sobrenatural. E embora a deusa<br />
da Razão foi na verdade um “deus estranho”, a declaração relativa ao<br />
“deus das fortalezas” pode talvez referir-se mais apropriadamente a esta<br />
última frase.