Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Daniel</strong> e <strong>Apocalipse</strong> – <strong>Vol</strong>. 1 – <strong>Daniel</strong><br />
98<br />
Enquanto os católicos sentiam assim o restrito poder de um rei<br />
ariano na Itália, sofriam violenta perseguição <strong>dos</strong> vândalos arianos na<br />
África. (Gibbon, op. cit., cap. 37, sec. 2). Elliot, em sua Horae<br />
Apocalypticae, vol. III, p. 152, nota 3, diz: "Os reis vândalos não eram<br />
somente arianos, mas também perseguidores <strong>dos</strong> católicos, tanto na<br />
Sardenha e na Córsega, sob o episcopado romano, como na África."<br />
Tal era a situação quando, em 533, Justiniano iniciou suas guerras<br />
contra os vândalos e os go<strong>dos</strong>. Desejando contar com a influência do<br />
papa e o partido católico, promulgou aquele memorável decreto que<br />
constituiria o papa o cabeça de todas as igrejas, e de cuja execução, em<br />
538, data o início da supremacia papal. E quem quer que leia a história<br />
da campanha africana (533-534) e da campanha italiana (534-538) notará<br />
que os católicos em toda parte saudaram como libertadores os solda<strong>dos</strong><br />
do exército de Belisário, general de Justiniano.<br />
Mas nenhum decreto como o referido podia entrarem em vigor<br />
enquanto não fossem arranca<strong>dos</strong> os chifres arianos que a ele se opunham.<br />
As coisas mudaram, porém, pois nas campanhas militares da África e da<br />
Itália as legiões vitoriosas de Belisário em 534 deram ao arianismo um<br />
golpe tão demolidor que foram venci<strong>dos</strong> líderes.<br />
Procópio relata que Justiniano empreendeu a guerra africana para<br />
aliviar os cristãos (católicos) daquela região, e que quando expressou seu<br />
intento a esse respeito, o prefeito do palácio quase o dissuadiu de seu<br />
propósito; mas teve um sonho no qual se lhe ordenou "não se esquivar à<br />
execução de seu desígnio, porque ajudando aos cristãos ele derribaria o<br />
poder <strong>dos</strong> vândalos." – Teodoreto e Evagrio, Ecclesiastical History,<br />
Livro 4, capítulo 16, pág. 399.<br />
Diz Mosheim:<br />
"É verdade que os gregos que haviam recebido os decretos do concílio<br />
de Nicéia [quer dizer, os católicos], perseguiam e oprimiam os arianos onde<br />
quer que sua influência e autoridade podiam alcançar; mas por sua vez os<br />
partidários do concílio de Nicéia não eram menos rigorosamente trata<strong>dos</strong> por<br />
seus adversários [os arianos], particularmente na África e na Itália, onde<br />
sentiam, de forma muito severa, o peso do poder <strong>dos</strong> arianos e a amargura