Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Daniel</strong> e <strong>Apocalipse</strong> – <strong>Vol</strong>. 1 – <strong>Daniel</strong><br />
103<br />
braço secular.” (Alejo M. Lapicier, The Stability and Progress of Dogma, pág.<br />
195).<br />
Mas as falsas declarações de alguns católicos de que a igreja nunca<br />
matou os dissidentes, foram plenamente negadas por um <strong>dos</strong> seus<br />
próprios escritores autoriza<strong>dos</strong>, o cardeal Belarmino, que nasceu na<br />
Toscana em 1542, e que, após sua morte em 1621, esteve a ponto de ser<br />
colocado entre os santos do calendário pelos grandes serviços que<br />
prestou à igreja. Esse homem, em certa ocasião, no calor de uma<br />
controvérsia, traiu-se a ponto de admitir os fatos reais do caso. Tendo<br />
Lutero dito que a igreja (querendo dizer a igreja verdadeira) jamais<br />
queimou hereges, Belarmino, entendendo-a como a igreja católica<br />
romana, respondeu: "Este argumento prova, não o sentimento, mas a<br />
ignorância ou impudência de Lutero; pois, visto que em número quase<br />
infinito ou foram queima<strong>dos</strong> ou mortos de outra maneira, resulta que, ou<br />
Lutero não o sabia, e portanto era ignorante; ou se o sabia torna-se<br />
convicto de impudência e mentira, pois o fato de que foram<br />
freqüentemente queima<strong>dos</strong> hereges pela igreja, pode ser provado com<br />
muitos exemplos." (Juan Dowling, The History of Romanism, pág. 547).<br />
Alfredo Baurillart, reitor do Instituto Católico de Paris, referindo-se<br />
à atitude diante da heresia, observa:<br />
“Quando está diante da heresia, não se contenta com a persuasão;<br />
parecem-lhe insuficientes os argumentos de ordem intelectual e moral, e<br />
recorre à força, ao castigo corporal e à tortura. Cria tribunais como os da<br />
Inquisição, invoca a ajuda das leis do Estado; se necessário estimula uma<br />
cruzada, ou uma guerra religiosa, e na prática todo seu ‘horror de sangue’<br />
culmina em sua incitação do poder secular para derramá-lo, procedimento<br />
que é quase mais odioso, porque é menos franco que o de derramá-lo ela<br />
mesma.<br />
“Operou assim especialmente no século XVI com relação aos<br />
protestantes. Não se conformou em reformá-los moralmente, ensinar-lhes<br />
pelo exemplo, converter o povo mediante missionários eloqüentes e santos,<br />
e acendeu na Itália, nos Países Baixos, e sobretudo na Espanha, as<br />
fúnebres fogueiras da Inquisição. Na França sob Francisco I e Henrique II,<br />
na Inglaterra sob Maria Tudor, torturou os hereges, enquanto que tanto na