Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Daniel e Apocalipse - Vol. 1 - Daniel.pages - Mensagens dos 3 anjos
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Daniel</strong> e <strong>Apocalipse</strong> – <strong>Vol</strong>. 1 – <strong>Daniel</strong><br />
95<br />
bárbaro era exacerbado pelo epíteto mais odioso de herético. Os heróis<br />
do norte, que se haviam submetido com certa relutância a crer que to<strong>dos</strong><br />
os seus antepassa<strong>dos</strong> estavam no inferno, ficaram assombra<strong>dos</strong> e<br />
exaspera<strong>dos</strong> ao saberem que eles próprios haviam apenas mudado o<br />
modo de sua condenação eterna." (Idem, cap. 37, p. 547)<br />
A doutrina ariana teve uma influência notável sobre a igreja daquele<br />
tempo, como demonstram os seguintes parágrafos:<br />
Stanley (History of the Eastern Church, p. 151) diz:<br />
"Toda a vasta população goda que desceu sobre o Império Romano, no<br />
que tinha de cristã, acatou a fé do herege alexandrino. Nossa primeira<br />
versão teutônica das Escrituras foi feita por um missionário ariano, Ulfilas. O<br />
primeiro conquistador de Roma, Alarico, e o primeiro conquistador da África,<br />
Genserico, eram arianos. Teodorico o Grande, rei da Itália e herói<br />
mencionado na epopéia <strong>dos</strong> nibelungos era ariano. O lugar vazio em sua<br />
tumba maciça de Ravena atesta a vingança que os ortodoxos tomaram<br />
contra sua memória, quando derribaram, em triunfo, a urna de pórfiro em<br />
que seus súditos arianos lhe haviam guardado as cinzas."<br />
Ranke (History of the Popes, <strong>Vol</strong>. l, pág. 9). diz:<br />
"Porém, ela [a igreja] caiu, como era inevitável, em muitas situações<br />
embaraçosas, e viu-se numa condição completamente alterada. Um povo<br />
pagão se apoderou da Grã-Bretanha; reis arianos tomaram a maior parte do<br />
resto do Ocidente; ao passo que os lombar<strong>dos</strong>, por longo tempo fiéis ao<br />
arianismo, estabeleceram, como seus vizinhos mais perigosos e hostis,<br />
poderosa soberania mesmo às portas de Roma. Enquanto isso os bispos<br />
romanos, assedia<strong>dos</strong> por to<strong>dos</strong> os la<strong>dos</strong>, se esforçaram, com toda a<br />
prudência e perseverança que continuaram sendo seus atributos peculiares,<br />
para recuperar o domínio, ao menos em sua diocese patriarcal.<br />
Maquiavel (History of Florence, pág. 14) diz:<br />
"Quase todas as guerras que os bárbaros do norte travaram na Itália,<br />
pode-se aqui observar, foram ocasionadas pelos pontífices; e as hordas que<br />
inundaram o país foram geralmente chamadas por eles."<br />
A relação que estes reis arianos mantinham com o papa, pela qual se<br />
pode ver que teriam de ser submeti<strong>dos</strong> para se abrir o caminho à<br />
supremacia papal, é mostrada no seguinte testemunho de Mosheim, em