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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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Mas estava acontecendo de novo.<br />

A doçura, a suavidade e o mundo distante, até mesmo ele com sua feiúra<br />

estavam estranhamente fora de mim, como um inseto pressionado num vidro que<br />

não causa nenhum asco em nós porque não pode tocar-nos, e o som do gongo, o<br />

excelente prazer e então me perdi de todo. Eu era imaterial, o prazer era<br />

imaterial. Eu não era outra coisa a não ser o prazer. E entrei de mansinho numa<br />

teia de sonhos radiantes.<br />

Vi uma catacumba, um lugar exuberante. E uma criatura branca, um<br />

vampiro, despertando numa sepultura rasa. Estava preso por grossas correntes o<br />

vampiro; e acima dele inclinava-se esse monstro que me seqüestrara, e eu soube<br />

que seu nome era Magnus e que ainda era mortal nesse sonho, um grande e<br />

poderoso alquimista. E ele desenterrara e amarrara aquele vampiro que dormia<br />

pouco antes da hora crucial do anoitecer.<br />

E agora que a luz desaparecia aos poucos do céu, Magnus bebia o sangue<br />

mágico e maldito de seu desamparado prisioneiro imortal, que o tornaria um<br />

morto-vivo. Era traição, o roubo da imortalidade. Um Prometeu sombrio<br />

roubando um fogo luminescente. Risadas na escuridão. Risadas ecoando na<br />

catacumba. Ecoando como que através de séculos. E o fedor da sepultura. E o<br />

êxtase, absolutamente insondável, e irresistível, e depois chegando ao fim.<br />

Eu estava chorando. Estava deitado na palha e disse:

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