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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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grande inclinação da paisagem sem cor, com o grasnar que nada significa frente ao<br />

uivo do vento. A dor não é nada comparada com essa escuridão. Eu não quero...<br />

não quero...<br />

Mas estava dissolvendo-se. Dissolvendo-se devagar.<br />

E no final desapareceu. O véu do silêncio desceu, como descera com ela.<br />

Silêncio. Eu o mantinha seguro, afastado de mim, ele estava quase caindo, com as<br />

mãos na boca, o sangue escorria por seu queixo em riachos. A boca estava aberta e<br />

produzia um som seco, apesar do sangue, um grito seco.<br />

E além dele, além da visão evocada do mar metálico e do pássaro solitário<br />

que era sua única testemunha <strong>—</strong> eu a vi no vão da porta e seus cabelos eram o véu<br />

de ouro da Virgem Maria em volta de seus ombros, e ela disse com a expressão<br />

mais melancólica no rosto:<br />

<strong>—</strong> Desgraça, meu filho.<br />

Por volta da meia-noite ficou claro que ele não iria falar nem responder à<br />

voz de ninguém, nem se mexeria por vontade própria. Ele permanecia quieto e<br />

inexpressivo nos lugares para onde era levado. Se a morte lhe doía, ele não dava<br />

nenhum sinal. Se a nova visão o encantava, ele guardava para si mesmo. Nem<br />

mesmo a sede fazia com que reagisse.<br />

E foi Gabrielle que, após examiná-lo em silêncio durante horas e horas,<br />

pegou-o pela mão, limpou-o e vestiu-lhe roupas novas. Ela escolheu um casaco<br />

de lã preto, um dos poucos casacos sóbrios que eu possuía. E uma recatada camisa

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