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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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qualquer outra pessoa que se aproximasse de mim, eu teria gritado “vá embora”,<br />

mas para ela não disse coisa alguma.<br />

Sentia por ela um grande e inabalável amor, acho que por nenhuma outra<br />

pessoa sentia o mesmo. E uma das coisas que sempre fez com que granjeasse<br />

minha estima era o fato de ela jamais dizer nada de comum.<br />

“Feche a porta”, “tome sua sopa”, “fique quieto”, frases assim jamais<br />

saíram dos seus lábios. Ela lia o tempo todo; na verdade, era a única em nossa<br />

família que recebeu alguma educação e, quando falava, era realmente para dizer<br />

algo. Por isso sua presença não me incomodava agora.<br />

Pelo contrário, ela despertava minha curiosidade. O que ela diria, e se isso<br />

faria alguma diferença para mim. Eu não desejara que ela viesse, nem sequer<br />

pensava nela e não desviei os olhos do fogo para olhar para ela.<br />

Mas havia uma poderosa compreensão entre nós. Quando tentei fugir<br />

daquela casa e fui levado de volta, foi ela quem me mostrou a saída do sofrimento<br />

que se seguiu. Ela fizera milagres por mim, embora ninguém em volta de nós<br />

jamais houvesse notado.<br />

Sua primeira intervenção ocorreu quando eu estava com doze anos e o<br />

velho pároco da aldeia, que me havia ensinado a decorar alguns poemas e a ler um<br />

ou dois hinos em latim, quis enviar-me à escola de um mosteiro nas vizinhanças.<br />

Meu pai disse não, que eu poderia aprender tudo de que precisava em

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