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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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Mais tarde, abandonado no fedor e na escuridão do pântano, senti a sede<br />

definir minhas proporções, senti a sede me impelir, senti minhas mandíbulas se<br />

abrirem na água podre e meus colmilhos procurarem coisas de sangue quente,<br />

que poderiam pôr meus pés na longa estrada de volta.<br />

Três noites depois, quando fui abatido de novo e minhas crianças me<br />

deixaram de uma vez para sempre no inferno ardente de nossa casa da cidade, foi o<br />

sangue dos antigos, Magnus, Marius e Akasha, que me sustentou enquanto eu<br />

rastejava para longe das chamas.<br />

Mas sem um pouco mais daquele sangue benéfico, sem uma nova infusão,<br />

fui deixado à mercê do tempo para curar meus ferimentos.<br />

E o que Louis não pôde descrever em sua história foi o que me aconteceu<br />

depois, como cacei durante anos nas margens do rebanho humano, um monstro<br />

hediondo e aleijado que só conseguia abater os muito jovens ou doentes.<br />

Correndo constante perigo com minhas vítimas, me tornei a própria antítese do<br />

demônio romântico, levando mais terror do que êxtase, parecendo ser um dos<br />

antigos espectros do Les Innocents, com sua sujeira e farrapos.<br />

Os ferimentos que sofri afetaram meu próprio espírito, minha capacidade<br />

de raciocinar. E o que eu via no espelho, toda vez que ousava olhar para um, fazia<br />

minha alma encolher-se mais ainda.<br />

No entanto, durante todo esse tempo, não chamei Marius uma única vez,<br />

nem tentei alcançá-lo através das distâncias. Não poderia implorar seu sangue

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