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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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para a carruagem que esperava, enquanto me dizia que eu devia ir com ele ao<br />

Teatro dos <strong>Vampiro</strong>s.<br />

<strong>—</strong> Você não compreende <strong>—</strong> eu disse. <strong>—</strong> Não posso ir lá. Não serei visto<br />

pelos outros desse jeito. Você tem de parar a carruagem. Você tem de fazer o que<br />

lhe peço.<br />

<strong>—</strong> Não, você já está atrasado <strong>—</strong> ele disse com a voz mais terna.<br />

Já estávamos nas ruas de Paris, abarrotadas de gente. Eu não conseguia ver<br />

a cidade de que me lembrava. Aquilo era um pesadelo, aquela metrópole com<br />

barulhentos trens a vapor e gigantescos bulevares de concreto. Nunca antes a<br />

fumaça e a sujeira da era industrial pareceram tão hediondas quanto ali, na Cidade<br />

Luz.<br />

Lembro-me vagamente de ter sido forçado por ele a sair da carruagem, de<br />

ter andado aos tropeções ao longo das calçadas largas enquanto ele me empurrava<br />

em direção às portas do teatro. O que era aquele lugar, aquele prédio enorme? Era<br />

o bulevar du Temple? E depois a descida para o abominável porão cheio de cópias<br />

horríveis das pinturas mais sangrentas de Goya, Brueghel e Bosch.<br />

E por fim a fome enquanto eu jazia no chão de uma cela com paredes de<br />

tijolos, incapaz até de gritar imprecações contra ele, a escuridão repleta de<br />

vibrações dos ônibus e bondes que passavam, invadida pelo guincho distante de<br />

rodas de ferro.<br />

Em um dado momento, descobri uma vítima mortal ali. Mas a vítima

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