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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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como seu amante e filho, o Deus Agonizante, aquele que crescia para a<br />

maioridade como as colheitas crescem, só para ser abatido como as colheitas são<br />

abatidas, enquanto a mãe continuava eterna. Era o antigo e pacífico mito das<br />

estações do ano. Mas sua celebração, em qualquer lugar e em todas as épocas,<br />

nunca foi lá muito pacífica.<br />

Pois a Mãe Divina também era a Morte, a terra que devora os restos<br />

daquele jovem amante, a terra que nos devora a todos. E em consonância com<br />

essa antiga verdade <strong>—</strong> tão velha quanto a própria agricultura <strong>—</strong> ocorriam mil<br />

rituais sangrentos.<br />

A deusa era cultuada com o nome de Cibele em Roma, e eu já tinha visto<br />

seus ensandecidos sacerdotes se castrarem durante suas frenéticas devoções. E os<br />

deuses do mito encontravam seu fim de uma forma ainda mais violenta <strong>—</strong> Átis é<br />

castrado, Dionísio tem o corpo despedaçado, o antigo Osíris egípcio é mutilado<br />

antes que a Grande Mãe Ísis venha reconstituí-lo.<br />

E eu agora iria ser o Deus das Coisas Que Crescem <strong>—</strong> o deus das vinhas,<br />

das colheitas, das árvores, e eu sabia que seja lá o que acontecesse seria algo<br />

aterrador.<br />

E o que podia fazer a não ser me embriagar e murmurar aqueles cânticos<br />

litúrgicos com Mael, cujos olhos se toldavam de lágrimas de tempos em tempos,<br />

quando me olhava.<br />

<strong>—</strong> Tire-me daqui, seu desgraçado <strong>—</strong> eu disse um dia de pura

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