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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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pai. Mas pouco antes de deixar o castelo, acrescentei a esse pequeno arsenal uma<br />

ou duas armas antigas com as quais nunca me preocupei antes.<br />

Nosso castelo era cheio de velhas armaduras. Meus ancestrais haviam<br />

combatido em inúmeras guerras nobres desde os tempos das Cruzadas de São<br />

Luís. E, penduradas na parede acima de todo esse refugo barulhento, havia um<br />

bom número de lanças, achas, manguais e maças.<br />

Foi uma maça bem grande <strong>—</strong> isto é, um porrete com pontas <strong>—</strong> que levei<br />

comigo naquela manhã, e também um mangual de bom tamanho: uma bola de<br />

ferro presa a uma corrente que poderia ser arremessada com imensa força contra<br />

um atacante.<br />

Pois bem, lembrem-se de que estávamos no século XVIII, no tempo em<br />

que os parisienses de peruca branca andavam na pontinha dos pés com sapatos de<br />

cetim e salto alto, cheiravam rapé e esfregavam no nariz lenços de bolso bordados.<br />

E lá estava eu saindo para caçar com botas de couro cru e casaco de pele<br />

de gamo, com aquelas armas antigas presas na sela e meus dois maiores mastins ao<br />

meu lado com suas coleiras providas de pontas de ferro.<br />

Essa era minha vida. Que também poderia ter sido vivida na Idade Média.<br />

E eu conhecia bem os elegantes viajantes que passavam pela aldeia para sentir isto<br />

com intensidade. Os nobres da capital chamavam a nós, os senhores do campo, de<br />

“pega-lebres”. Claro que se podia escarnecer deles, chamando-os de lacaios do

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