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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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eu detestaria aquele cheiro, mas isso não era nada comparado à aversão que eu<br />

sentia agora. Meu novo corpo queria fugir dele. Eu me detive, respirei fundo e<br />

me forcei a ir em direção à porta, decidido a ver o que aquele demônio fizera ali.<br />

Bem, o mau cheiro não era nada diante do que vi.<br />

Numa cela funda de prisão jazia uma pilha de cadáveres em todos os<br />

estágios de decomposição, com os ossos e carne putrefata fervilhando de vermes e<br />

insetos. Ratos fugiam da luz da tocha e passavam roçando em minhas pernas em<br />

seu caminho para a escada. E minha náusea transformou-se num nó em minha<br />

garganta. O fedor me sufocava.<br />

Mas não consegui parar de encarar aqueles corpos. Havia algo de<br />

importante ali, algo de importância terrível a ser compreendido. E, de repente,<br />

me ocorreu que todas aquelas vítimas mortas eram homens <strong>—</strong> as botas e roupas<br />

esfarrapadas davam provas disso <strong>—</strong> e todos eles tinham cabelos louros. Os poucos<br />

em que ainda sobravam traços pareciam ser jovens, altos, de compleição franzina.<br />

E o mais recente ocupante da masmorra <strong>—</strong> o cadáver úmido e malcheiroso que<br />

jazia com os braços estendidos para fora das barras <strong>—</strong> se parecia tanto comigo que<br />

poderia ser meu irmão.<br />

Aturdido, avancei até a ponta de minha bota tocar sua cabeça. Abaixei a<br />

tocha, enquanto minha boca se abria como que para gritar. Seus olhos úmidos e<br />

viscosos, infestados de moscas, eram azuis!

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