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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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concentrada e contida com a mesma naturalidade com que se soltava.<br />

Outra onda de haxixe vinda das filas da frente. Motoqueiros de cabelos<br />

longos e roupas de couro, com braceletes de couro com pontas de ferro, batiam<br />

palmas com as mãos acima da cabeça <strong>—</strong> fantasmas dos keltoi, pareciam, com as<br />

madeixas bárbaras caindo em ondas. E vindo de todos os cantos daquele lugar<br />

comprido, oco e enfumaçado, o marulho desinibido de algo que parecia ser amor.<br />

As luzes piscavam de modo que o movimento da multidão parecia<br />

fragmentado, parecia estar acontecendo em acessos e convulsões.<br />

Estavam cantando em uníssono, agora o volume aumentava, e era isso:<br />

LESTAT, LESTAT, LESTAT.<br />

Oh, isso é divino demais. Que mortal poderia resistir a essa indulgência, a<br />

essa adoração? Segurei as extremidades de minha capa preta, que era o sinal.<br />

Sacudi os cabelos, deixando-os bem cheios. E esses gestos provocaram uma nova<br />

onda de gritos que alcançou os fundos do auditório.<br />

As luzes convergiram para o palco. Levantei minha capa em ambos os<br />

lados, como se fossem asas de morcego.<br />

Os gritos fundiram-se num grande rugido monolítico.<br />

<strong>—</strong> EU SOU O VAMPIRO LESTAT! <strong>—</strong> gritei a plenos pulmões<br />

enquanto me afastava do microfone, e o som chegou a ser visível enquanto<br />

percorria a arcada ovalada do teatro; a voz da multidão elevou-se mais alto ainda,<br />

como se fosse devorar aquele som retumbante.

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